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Contas Públicas

- Publicada em 14 de Julho de 2016 às 19:57

Prévia do PIB tem pior resultado desde 2010

IBC-Br, indicador do BC, registra retração de 5,79% no ritmo da economia no acumulado deste ano

IBC-Br, indicador do BC, registra retração de 5,79% no ritmo da economia no acumulado deste ano


PEDRO LADEIRA/AFP/JC
Depois da leve alta de abril (0,07% pelo dado já revisado), a economia brasileira voltou a andar de ré em maio. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) deste mês teve baixa de 0,51% ante abril, com ajuste sazonal, conforme informou, nesta quinta-feira, a instituição. Esse é o pior resultado desde janeiro de 2010.
Depois da leve alta de abril (0,07% pelo dado já revisado), a economia brasileira voltou a andar de ré em maio. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) deste mês teve baixa de 0,51% ante abril, com ajuste sazonal, conforme informou, nesta quinta-feira, a instituição. Esse é o pior resultado desde janeiro de 2010.
O indicador registrou em maio o menor nível em mais de seis anos. Em janeiro de 2010, o indicador do BC estava em 133,56 pontos (dado já atualizado) e, em maio deste ano, caiu para 133,67 pontos pela série com ajustes sazonais. Já na série sem ajuste sazonal, o IBC-Br atingiu a marca de 133,14 pontos em maio, que é a mais baixa desde fevereiro deste ano (130,46 pontos).
De um mês para o outro, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 134,36 pontos para 133,67 pontos na série dessazonalizada. A queda do IBC-Br ficou mais profunda do que a mediana de -0,22% obtida com as estimativas de 34 analistas do mercado financeiro, mas dentro do intervalo que ia de queda de 0,70% à alta de 0,20%.
No acumulado deste ano, a retração é de 5,79% pela série sem ajustes sazonais. Também pela série observada, é possível identificar um recuo de 5,43% nos 12 meses encerrados em maio.
Na comparação entre os meses de maio de 2016 e 2015, houve baixa de 4,92% também na série sem ajustes sazonais. A série observada encerrou com o IBC-Br em 133,14 pontos, ante 135,66 de abril. O indicador de maio de 2016 ante o mesmo mês de 2015 mostrou uma retração menor do que a apontada pela mediana (-4,40%) das previsões dos analistas do mercado financeiro (-5,30% a -3,50%).
Em janeiro, o Banco Central promoveu uma revisão metodológica na apuração do IBC-Br para incorporar a estrutura de produtos e avanços metodológicos do Sistema de Contas Nacional, entre outros indicadores.
Conhecido como "prévia do PIB do BC", o IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A atual previsão oficial do BC para a atividade doméstica deste ano é de queda de -3,3%, de acordo com o mais recente Relatório Trimestral de Inflação.
Também no Relatório de Mercado Focus da última segunda-feira, a mediana das estimativas do mercado para o Produto Interno Bruto (PIB) estava em -3,3%.
O IBC-Br registrou baixa de 0,97% no acumulado do trimestre de março a maio na comparação com o resultado dos três meses anteriores pela série ajustada do Banco Central. Já na comparação de março a maio com idêntico período de 2015, o resultado do índice foi de queda de 5,49% pela série observada.
Como de costume, o Banco Central revisou dados do Índice de Atividade Econômica na margem da série com ajuste. Em abril, o IBC foi alterado de 0,03% para 0,07%. No caso de março, a revisão foi de -0,36% para -0,42%. O dado de fevereiro foi mantido em -0,30%; e o de janeiro, de -0,65% para -0,69%. Em relação a dezembro do ano passado, o BC substituiu a taxa de -0,19% pela de -0,21% e a de novembro, de -0,15% pela de -0,86%.

Previsão de déficit para 2016 sobe para R$ 155,5 bilhões

As expectativas dos analistas do mercado financeiro continuam se deteriorando mesmo com as políticas adotadas pela nova equipe econômica, sob o comando de Henrique Meirelles, no Ministério da Fazenda. As estimativas apontam que o Governo Central fechará o ano com um déficit de R$ 155,5 bilhões, ante uma previsão de R$ 134,178 no mês passado, informou, nesta quinta-feira, o Relatório Prisma Fiscal, divulgado mensalmente pela Pasta. A meta oficial do governo permite um rombo de R$ 170,5 bilhões para 2016.
Para o ano que vem, enquanto o governo prevê um déficit de R$ 139 bilhões para o Governo Central, o mercado também revisou suas estimativas e espera um resultado negativo de R$ 129,279 bilhões. No mês passado, a previsão era de que 2017 terminasse deficitário em R$ 104,843 bilhões.
Enquanto isso, o mercado se mostra um pouco mais otimista em relação a julho. Os analistas esperam que o resultado primário do Governo Central para este mês seja negativo em R$ 14,557 bilhões, ante uma previsão de déficit de R$ 14,676 que havia no relatório do mês passado. O cenário se inverte em agosto, quando as expectativas voltam a se deteriorar e há uma previsão de déficit de R$ 14,558 bilhões. O último relatório previa um déficit de R$ 12,706 bilhões para o mês que vem.
Pela primeira vez, o relatório trouxe uma estimativa para setembro. Seguindo o movimento dos meses anteriores, os analistas esperam que o resultado seja negativo em R$ 15,705 bilhões.
 

Ministro Henrique Meirelles conversa com TCU sobre projeto de securitização da dívida ativa

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, conversou com o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Raimundo Carreiro, nesta quinta-feira, sobre o estudo que o governo faz a respeito da securitização da dívida ativa. A medida pode ajudar no esforço fiscal de
R$ 55,4 bilhões que precisa ser feito para cumprir a meta fiscal do ano que vem, que prevê um déficit de R$ 139 bilhões.
Após o encontro, que contou com a presença do ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, Meirelles ressaltou que, num momento em que a economia começa a dar os primeiros sinais de recuperação, "a melhor alternativa é evitar um aumento de tributo". "Não é o momento para se aumentar impostos, a não ser aquilo que de fato for extremamente necessário, e em último caso", destacou. Para Meirelles, esse ainda é um processo inicial da conversa. O ministro evitou ainda apresentar qualquer estimativa de arrecadação ou de qual o montante que o governo pretende usar da dívida ativa.
O ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou que o governo considera um universo de R$ 60 bilhões já inscritos em dívida ativa para realizar a securitização, o que pode ajudar os cofres do governo no ano que vem. Segundo o ministro, a União tem R$ 1,5 trilhão de dívida ativa registrada.