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Conjuntura

- Publicada em 13 de Julho de 2016 às 19:52

Índice de atividade econômica recua 0,5% em maio ante abril

A principal influência positiva foi da atividade de veículos automotores, reboques e carrocerias

A principal influência positiva foi da atividade de veículos automotores, reboques e carrocerias


JURE MAKOVEC/AFP/JC
O índice de atividade econômica da Serasa Experian recuou 0,5% em maio ante abril, na série com ajuste sazonal. Na comparação com maio do ano passado, a queda foi de 3,1%. Já nos cinco primeiros meses do ano, há retração de 4,5% ante igual intervalo de 2015. No acumulado em 12 meses, a baixa é de 4,7%.
O índice de atividade econômica da Serasa Experian recuou 0,5% em maio ante abril, na série com ajuste sazonal. Na comparação com maio do ano passado, a queda foi de 3,1%. Já nos cinco primeiros meses do ano, há retração de 4,5% ante igual intervalo de 2015. No acumulado em 12 meses, a baixa é de 4,7%.
De acordo com os economistas da Serasa Experian, o fato de a atividade econômica ter apresentado em maio a menor retração interanual em 11 meses é um sinal de que a recessão econômica começa a perder fôlego ao longo deste segundo trimestre.
Pelo lado da oferta, houve queda em todos os setores econômicos em maio em relação a abril. A maior delas foi de 2,1% na indústria. A agropecuária recuou 0,7% e serviços tiveram retração de 0,2%. Já na comparação anual, a agropecuária teve alta de 2,9%, enquanto a indústria caiu 3,1%, e serviços apresentaram baixa de 2,5%.
Na decomposição pelo lado da demanda, a formação bruta de capital fixo caiu 1,6% em maio na comparação mensal (-10,1% na variação anual), enquanto importações de bens e serviços recuaram 3,6% (-10,3% no ano), o consumo das famílias diminuiu 1,1% (-6,1% no ano), e os gastos do governo recuaram 0,2% (-3% no ano). As exportações caíram 0,9%, na primeira queda mensal desde novembro do ano passado. Mesmo assim, na comparação com maio de 2015, houve alta de 9,3%.
No acumulado do ano até maio de 2016, todos os componentes da demanda doméstica continuam exibindo retrações: consumo das famílias (-6%), consumo do governo (-2%) e investimentos (-15,4%). O tombo na economia só não é maior, porque o setor externo vem contribuindo positivamente para a atividade econômica: exportações crescendo 12,1% no acumulado dos primeiros cinco meses do ano, e importações caindo 18,4%.

Presidente do BC pretende reduzir meta de inflação

Goldfajn disse que é "saudável" reduzir o estoque de swaps cambiais

Goldfajn disse que é "saudável" reduzir o estoque de swaps cambiais


ANDRESSA ANHOLETE/AFP/JC
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, sinalizou, em entrevista ontem ao jornal britânico Financial Times, o desejo de que a meta de inflação brasileira seja reduzida após 2018. Goldfajn também disse à publicação que um de seus objetivos no cargo é reduzir o estoque de swaps cambiais do atual patamar - próximo de US$ 60 bilhões - para zero e contar mais com as reservas internacionais para oferecer confiança ao mercado de câmbio.
Goldfajn repetiu ao jornal britânico que a trajetória da inflação brasileira é descendente e convergir para a meta em 2017 está "completamente ao nosso alcance". Uma vez com a inflação em 4,5%, o presidente do BC defende que o Brasil deve considerar uma meta menor após 2018. Ao jornal Goldfajn disse que não acredita que 4,5% seja a meta de equilíbrio de longo prazo para o Brasil.
Na entrevista, o presidente da instituição monetária também defendeu a alteração de algumas condições do mercado de câmbio. Goldfajn citou que um de seus objetivos à frente do BC é reduzir o estoque de swaps cambiais que atualmente estão em torno de US$ 60 bilhões para zero. Nessa estratégia, o economista defende que o Brasil conte mais com as reservas internacionais de US$ 370 bilhões para oferecer confiança aos mercados.
Goldfajn disse que é "saudável" reduzir o estoque de swaps cambiais e argumentou que o uso desse instrumento gera a percepção de maior vulnerabilidade à depreciação cambial e também a sensação de que o Banco Central intervém muito no mercado. "Eu acho que é saudável que você mantenha apenas as reservas no balanço", disse ao Financial Times.