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Mercado de Capitais

- Publicada em 07 de Julho de 2016 às 19:57

Dólar emplaca quinta alta seguida

O dólar se firmou em alta e chegou à quinta sessão consecutiva de ganhos nesta quinta-feira, sustentado pela ansiedade do mercado em torno da meta fiscal de 2017 e pela baixa acentuada do petróleo no exterior. As compras defensivas prevaleceram na parte final do pregão, levando a divisa norte-americana ao patamar de R$ 3,36 no mercado à vista. Também contribuiu para o movimento a expectativa pelo relatório de empregos norte-americano, a ser divulgado nesta sexta-feira, e novos leilões de swap cambial reverso, que já chegaram ao total de cinco operações em julho, com US$ 2,5 bilhões negociados.
O dólar se firmou em alta e chegou à quinta sessão consecutiva de ganhos nesta quinta-feira, sustentado pela ansiedade do mercado em torno da meta fiscal de 2017 e pela baixa acentuada do petróleo no exterior. As compras defensivas prevaleceram na parte final do pregão, levando a divisa norte-americana ao patamar de R$ 3,36 no mercado à vista. Também contribuiu para o movimento a expectativa pelo relatório de empregos norte-americano, a ser divulgado nesta sexta-feira, e novos leilões de swap cambial reverso, que já chegaram ao total de cinco operações em julho, com US$ 2,5 bilhões negociados.
O dólar à vista encerrou o dia em alta de 0,78%, aos R$ 3,361. Em cinco dias, alta acumulada totalizou 4,71%. O giro registrado na clearing de câmbio da BM&FBovespa, nesta quinta-feira, foi de US$ 900,985 milhões. No mercado futuro, o dólar para agosto tinha valorização de 0,95%, a R$ 3,3870, enquanto o volume de negócios estava em US$ 14,588 bilhões.
No centro de debate sobre a meta fiscal estava a repercussão do número projetado sobre o governo, ainda interino, de Michel Temer. Do lado externo, o petróleo registrou perdas de mais de 4,5% na sessão vespertina, pressionando o dólar, sobretudo no começo da tarde, disse o operador José Carlos Amado, da Spinelli Corretora. A commodity virou para o lado negativo depois do meio-dia, reagindo à queda menor que a esperada nos estoques semanais norte-americanos de petróleo bruto.
Além disso, começa a crescer no mercado a expectativa em torno do relatório de emprego norte-americano de junho, que é visto como um termômetro para o ritmo de aperto monetário do Federal Reserve. A previsão de analistas é que o documento, que será conhecido nesta sexta-feira mostrará geração de 165 mil postos de trabalho no mês, após criação de apenas 38 mil empregos em maio. Outro fator que influenciou o preço do dólar foi a leitura de que o Banco Central continuará a reverter sua posição em swap cambial tradicional.
A Bovespa minimizou as quedas das bolsas americanas e encerrou com uma discreta alta, de 0,22%, aos 52.014 pontos. O avanço foi sustentado, em grande parte, pelas ações da Petrobras, principal destaque do dia. Graças ao noticiário favorável à companhia, os papéis da estatal terminaram em alta, apesar das fortes perdas dos preços do petróleo nas bolsas internacionais.
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Petrobras anuncia nova captação para alongar prazo de vencimento de dívida

A Petrobras anunciou nova captação com o objetivo de alongar o prazo de vencimento de dívidas. A empresa espera levantar pelo menos US$ 2 bilhões. A operação segue o modelo adotado na captação realizada em maio, na qual a companhia lançou US$ 6,75 bilhões em títulos com vencimentos em 2021 e 2026. Os recursos foram usados para recomprar US$ 6 bilhões em dívidas que venciam entre 2017 e 2019.
Na ocasião, a demanda pelos títulos foi bem superior à oferta. Mas os papéis foram precificados com os juros mais altos já pagos pela estatal em emissões de títulos internacionais: 8,375% na série com vencimento em cinco anos e 8,750% na série que vence em 10 anos.
Agora, a Petrobras espera recomprar US$ 2 bilhões em títulos também com vencimento entre 2017 e 2019. Caso o apetite dos investidores seja superior a esse valor, os recursos excedentes serão usados para "fins corporativos gerais", conforme nota distribuída pela companhia.
A captação será feita por meio da reabertura do lançamento dos títulos negociados em maio. Assim como naquela operação, a empresa trocará dívida mais barata de curto prazo por dívida mais cara com vencimento depois de 2020. Com uma dívida de US$ 126 bilhões, segundo o último balanço publicado, a Petrobras está pressionada pelo elevado volume de vencimentos entre 2017 e 2020.