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Economia

- Publicada em 04 de Julho de 2016 às 21:42

Novo PIS/Cofins pode desempregar 2 milhões

No setor de serviços, de cada 10 postos, dois serão encerrados por causa dos custos

No setor de serviços, de cada 10 postos, dois serão encerrados por causa dos custos


MAURO SCHAEFER/ARQUIVO/JC
A mudança do regime de cobrança do PIS/Cofins pode levar a uma perda de até 2 milhões de empregos no setor de serviços, segundo estimativa do presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), Gilberto Amaral. Ao participar do seminário "Ameaças do aumento de impostos e seus impactos sobre as empresas", na sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), Amaral alertou para o risco do desemprego no setor.
A mudança do regime de cobrança do PIS/Cofins pode levar a uma perda de até 2 milhões de empregos no setor de serviços, segundo estimativa do presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), Gilberto Amaral. Ao participar do seminário "Ameaças do aumento de impostos e seus impactos sobre as empresas", na sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), Amaral alertou para o risco do desemprego no setor.
"De cada 10 postos de trabalho, dois serão encerrados porque as empresas terão um aumento de custo que pode chegar a cinco pontos percentuais sobre seu faturamento. Temos 20 milhões de trabalhadores no setor de serviços e poderemos ter um desemprego de 2 milhões de pessoas", afirmou.
A estimativa contempla impacto da medida em 1,5 milhão de empresas, com aumento de R$ 50 bilhões em arrecadação de tributos. A avaliação de Amaral é de que o projeto sobre o novo PIS/Cofins, em estudo desde 2013, possa ser encaminhado ao Congresso pelo governo após a definição sobre o impeachment.
Presente ao evento, o deputado federal Laércio Oliveira (Solidariedade-SE) destacou que as alterações representariam "aumento significante de impostos", embora a proposta seja travestida de uma ideia de simplificação tributária. "A gente não tem ambiente para aumento de impostos. O caminho é gestão eficiente do gasto público", disse.
Já foram realizados quatro encontros no País de mobilização contra um novo PIS/Cofins, segundo o deputado, e outros oito estão previstos até o fim do ano. Em agosto, será realizado seminário em Recife. A proposta para um novo PIS/Cofins prevê mudanças no formato de cobrança do imposto, que aumenta o número de empresas que deve constar do regime não cumulativo para o pagamento do PIS/Cofins, com alíquota de 9,25% do imposto, em contraponto ao regime cumulativo, com alíquota de 3,65%.
Uma das preocupações do deputado é que o projeto de Orçamento para 2017 prevê receita de R$ 30 bilhões com contribuições sociais, montante semelhante ao que seria arrecadado com o novo PIS/Cofins. Isso sinaliza, de acordo com ele, que o governo pretende levar o projeto adiante.
 
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