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JC Logística

- Publicada em 28 de Julho de 2016 às 21:43

'Risco Uber' encarece o seguro para os automóveis

Mudança de propósito de utilização dos veículos aumenta o custo em até R$ 300,00

Mudança de propósito de utilização dos veículos aumenta o custo em até R$ 300,00


RENATO S. CERQUEIRA/FUTURAPRESS/FOLHAPRESS/JC
Para driblar o desemprego ou complementar a renda, muitos brasileiros têm prestado serviço de motorista por meio de aplicativos como Uber, Cabify e Will Go. Além de outros investimentos para se tornar um profissional do ramo, quem atua na área deve ter o cuidado de colocar na planilha de gastos um seguro de carro mais caro. Ainda "pisando em ovos" nesse mercado, as seguradoras entendem que um carro utilizado para transporte de passageiros via aplicativo está na mesma categoria de um táxi.
Para driblar o desemprego ou complementar a renda, muitos brasileiros têm prestado serviço de motorista por meio de aplicativos como Uber, Cabify e Will Go. Além de outros investimentos para se tornar um profissional do ramo, quem atua na área deve ter o cuidado de colocar na planilha de gastos um seguro de carro mais caro. Ainda "pisando em ovos" nesse mercado, as seguradoras entendem que um carro utilizado para transporte de passageiros via aplicativo está na mesma categoria de um táxi.
"Ainda que mais caro, é muito importante que quem estiver atuando como motorista do Uber (ou outros aplicativos do gênero) se preocupe em fazer a mudança na apólice do carro para não ter nenhuma surpresa desagradável em caso de sinistro, porque a seguradora pode não dar cobertura", explica o professor da Escola Nacional de Seguros Bruno Kelly.
Para o cadastro, os aplicativos só exigem o seguro de passageiros conhecido como APP, que custa cerca de R$ 80,00 por ano. Porém, quem já tinha seguro de carro como veículo de passeio e quer continuar tendo cobertura em caso de colisão, incêndio e roubo vai ter de pagar mais caro para isso. Ricardo de Oliveira, de 41 anos, estava trabalhando pelo aplicativo há apenas dois meses quando fez o endosso do seguro do seu carro no ano passado. "Ficou R$ 300,00 mais caro e pesou naquele momento inicial, quando eu já tinha de fazer outros investimentos, como o seguro APP e um celular melhor", disse Oliveira, que trabalhava na área de segurança particular.
Mas o investimento parece que valeu a pena. Em junho, bateu o carro em uma rodovia quando estava a passeio e conseguiu que o seguro cobrisse o conserto e fornecesse um outro automóvel de locadora para continuar trabalhando. Em plataformas que comparam cotações, como a da corretora Bidu e a da ComparaOnline, o "Seguro Uber" já consta na prateleira de produtos disponíveis. Os preços chegam a superar em 50% o de seguros de veículos particulares, de acordo com levantamento da ComparaOnline.
"Observamos um aumento de 10 vezes no número de pedidos desse tipo de cotação", afirma o diretor da empresa, Paulo Marchetti. O diretor de marketing da corretora Bidu, Maurício Antunes, explica que o uso comercial do carro é sempre considerado um agravo. "A cotação depende de muitas variáveis, mas, nesses casos, o motorista não escolhe o trajeto, circula muito mais, ou seja, está mais exposto ao risco."
Entre as seguradoras que estão atuando nesse segmento estão a Porto Seguro, a Tokio Marine e a SulAmérica. O diretor-geral da Porto Seguro, Luiz Pomarole, diz não se tratar de uma modalidade totalmente nova, mas uma derivação da "de transporte de pessoas", como é o caso das vans escolares. "O mercado está analisando a recente liberação da prefeitura de São Paulo para a operação desse tipo de transporte, e agora as companhias de seguros terão melhores condições de estipular as regras de aceitação e as taxas", disse.
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