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JC Contabilidade

- Publicada em 21 de Julho de 2016 às 16:20

População prefere corte de gastos a alta de impostos

A população brasileira rejeita a ideia da criação de novos impostos, não acredita na implementação de tributos que sejam apenas temporários e vê como principal alternativa para o controle de gastos o congelamento do salário dos servidores públicos. Essas são as principais conclusões da pesquisa "Percepção sobre as Contas Públicas Brasileiras", divulgada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
A população brasileira rejeita a ideia da criação de novos impostos, não acredita na implementação de tributos que sejam apenas temporários e vê como principal alternativa para o controle de gastos o congelamento do salário dos servidores públicos. Essas são as principais conclusões da pesquisa "Percepção sobre as Contas Públicas Brasileiras", divulgada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
O levantamento foi realizado pela Ipsos Publico Affairs e ouviu 1.200 pessoas em todo o País entre os dias 2 e 13 de junho, período em que o governo interino de Michel Temer (PMDB) completava seu primeiro mês. A maior parte dos entrevistados (88%) afirmou que, para controlar as contas públicas, a melhor saída é cortar gastos. Uma parcela de 10% não respondeu, e apenas 2% dos pesquisados defenderam o aumento de tributos.
"A população já entendeu, há muito tempo, que o caminho para tirar o País da crise não é aumentar nem criar impostos", afirma Paulo Skaf, presidente da Fiesp, acrescentando que o ajuste fiscal tem que ser feito com o corte de despesas, uma vez que a arrecadação de impostos no País já se aproxima dos R$ 2 trilhões.
As dificuldades enfrentadas pelo governo federal também foram abordadas na pesquisa. Segundo o levantamento, 78% das pessoas sabem que o governo gasta mais do que arrecada. Uma parcela de 15% não tinha esse conhecimento, e 7% não souberam ou não quiseram responder. Outros 60% confirmaram que tinham a informação de que o rombo nas contas públicas seria de R$ 170 bilhões. "Essa pesquisa carimba de vez que o ajuste fiscal tem que ser feito com o corte de despesas. Tributo não é a saída. Não há nenhum espaço para mais impostos."
A pesquisa também fez a seguinte pergunta: caso seja anunciado um aumento temporário de impostos, qual sua confiança de que este aumento não será permanente? A resposta de 84% das pessoas foi que não confiam que um aumento de impostos seria temporário. Apenas 5% afirmaram confiar. Os 11% restantes não souberam responder. "É claro que ninguém acredita em imposto temporário", comenta Skaf. "Imposto vem e fica. A prova disso é que a carga tributária é cada vez mais alta. A arrecadação já está em quase R$ 2 trilhões por ano. R$ 2 trilhões. Imposto é castigo, e não solução."
Em relação à redução de gastos, a grande maioria dos entrevistados mencionou, como primeira opção, alguma medida relacionada a cortes nos gastos com pessoal: juntas, tiveram 71% da preferência as alternativas de congelar os salários dos funcionários do governo federal (24%), reduzir a quantidade de funcionários em cargos comissionados (18%), não contratar novos funcionários no governo federal (11%), reduzir os auxílios e benefícios de funcionários públicos (10%) e reduzir as despesas com serviços de terceiros e material de consumo (8%).
Apenas 6% dos entrevistados indicaram o congelamento de novos investimentos em sua primeira opção de resposta, e 3% acreditam que o aumento da idade mínima para aposentadoria seja a melhor alternativa para a redução dos gastos públicos federais. Por fim, somaram 7% das preferências as opções relacionadas à redução de auxílios sociais, como diminuir o tamanho do Bolsa Família (3%), do programa Minha Casa Minha Vida (2%) e do financiamento estudantil Fies (2%).
O levantamento também indagou se as pessoas tinham conhecimento de que o governo federal gasta atualmente mais do que arrecada e se sabiam qual era o tamanho do déficit orçamentário causado por esta diferença.
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