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Empresas & Negócios

- Publicada em 08 de Julho de 2016 às 12:08

Biciponto: os lugares amigos dos ciclistas

Tássia diz que ideia surgiu a partir das próprias experiências

Tássia diz que ideia surgiu a partir das próprias experiências


JONATHAN HECKLER/JC
Maria Eugenia Bofill
Andar de bicicleta e fazer dela um meio de transporte, muitas vezes, se torna um desafio. Que o diga quem pedala por Porto Alegre todos os dias e enfrenta a falta de ciclovias em muitas ruas da cidade, tem que dividir as vias com automóveis e pedala em dias de chuva. Além desses empecilhos, o que fazer se, em meio ao trajeto, o pneu furar ou alguma peça se deslocar?
Andar de bicicleta e fazer dela um meio de transporte, muitas vezes, se torna um desafio. Que o diga quem pedala por Porto Alegre todos os dias e enfrenta a falta de ciclovias em muitas ruas da cidade, tem que dividir as vias com automóveis e pedala em dias de chuva. Além desses empecilhos, o que fazer se, em meio ao trajeto, o pneu furar ou alguma peça se deslocar?
A partir dessas dificuldades, o laboratório Libélula Ações Transformadoras criou o Biciponto, uma rede de apoio a quem pedala. Diante de uma emergência ou da necessidade de manutenção da bicicleta, é possível acessar uma plataforma on-line com um sistema de geolocalização que mostra o atendimento mais próximo.
Ao chegar em um estabelecimento credenciado, o ciclista encontra um painel com um kit de chaves de boca, allen e philips, além de outros acessórios para uma manutenção básica. Caso a necessidade seja uma troca de pneu, a plataforma oferece vídeos tutoriais de como realizar o procedimento. Para quem não consegue fazer a troca, o Biciponto indica ajuda profissional das oficinas mais próximas. A plataforma disponibiliza ainda a opção "chame o resgate", na qual há o contato de taxistas, diurnos e noturnos, que aceitam levar as bicicletas no veículo ou possuem ferramentas para manutenção.
Por trás do Libélula estão os ciclistas Tássia Furtado, Daniel Silva e Cadu Carvalho. O trio, que se conheceu por meio do pedal, percebeu a necessidade dos pontos de  manutenção partindo das próprias experiências. A partir daí, decidiram realizar uma pesquisa e descobriram que cerca de 80% dos entrevistados já tinha passado por percalços mecânicos com a bike e, desses, 70% não possuíam ferramentas no momento. "Criamos essa rede de apoio para nós e, automaticamente, para todos aqueles que pedalam", explica Tássia.
Hoje, seis estabelecimentos comerciais de Porto Alegre integram o projeto, e em breve mais 10 terão os painéis de manutenção. O objetivo é que cada ponto tenha uma distância de dois quilômetros e que, até o fim deste ano, os ciclistas contem com uma rede de 25 bicipontos. "Quebramos a barreira de que os comerciantes não são amigos dos ciclistas. Assim, vamos criando conexões, espaços de diálogo. A bicicleta é um meio agregador", ressalta a idealizadora.
O Perfil do Ciclista Brasileiro apontou que, em Porto Alegre, 62,9% das pessoas pedalam cinco dias ou mais por semana, e que 66,9% utilizam a bicicleta como um meio de transporte a menos de cinco anos. Para o vereador e ciclista Marcelo Sgarbossa, é nítido o aumento do número de ciclistas nas ruas da Capital. "É muito importante para quem está começando a pedalar saber que há lugares que acolhem os ciclistas e ainda disponibilizam de recursos para ajudá-lo", enfatiza Sgarbossa.
Para Tássia, o maior desafio para quem deseja adotar a bicicleta como um meio de transporte é perder o medo e quebrar os tabus impostos. "É necessário acabar com essa cultura do medo, que é imposta. A bicicleta não é perigosa", afirma. O Libélula continua aberto a estabelecimentos que desejem ser bicipontos e também a taxistas que sejam amigos dos ciclistas. O contato pode ser feito pelo e-mail [email protected].
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