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finanças pessoais

- Publicada em 05 de Julho de 2016 às 17:13

Fundos imobiliários voltam à cena


STOCKVAULT/DIVULGAÇÃO/JC
Febre entre os investidores em 2012 e 2013, os fundos imobiliários perderam rendimentos nos anos seguintes, na esteira da crise do setor de imóveis. Agora, dão sinais de recuperação. Ao menos é o que mostra o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (Ifix), termômetro para balizar o desempenho do produto que vem batendo sucessivas máximas históricas em junho e acumula valorização de 15,7% em 2016. Especialistas alertam, porém, que o momento ruim para aluguel e venda é um alerta para entrar nesse mercado.
Febre entre os investidores em 2012 e 2013, os fundos imobiliários perderam rendimentos nos anos seguintes, na esteira da crise do setor de imóveis. Agora, dão sinais de recuperação. Ao menos é o que mostra o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (Ifix), termômetro para balizar o desempenho do produto que vem batendo sucessivas máximas históricas em junho e acumula valorização de 15,7% em 2016. Especialistas alertam, porém, que o momento ruim para aluguel e venda é um alerta para entrar nesse mercado.
Aplicar em um fundo desse tipo é como investir no mercado imobiliário. A diferença é que, em vez de comprar um imóvel e aproveitar a renda do aluguel, o investidor adquire apenas uma parte - ou cota - deste bem, a um preço bastante inferior ao valor "cheio". Da mesma maneira, a rentabilidade mensal será fracionada entre os demais participantes do fundo.
O investidor precisa ter em mente que um fundo imobiliário não é renda fixa. Isso porque as cotas do fundo são negociadas na BM&FBovespa e oscilam da mesma maneira que uma ação de uma companhia aberta. Por um lado, o investidor que pretende sair do fundo pode encontrar um comprador disposto a pagar mais do que foi desembolsado lá atrás. Mas, no pior cenário, pode ter de assumir um prejuízo.
"A dinâmica do fundo imobiliário é mais próxima do mercado de imóveis. O investidor deve ter em mente que o horizonte do investimento é de mais longo prazo", afirma Arthur Vieira de Moraes, especialista em fundos imobiliários.
É por essa relação direta com o mercado real de imóveis que o novo ânimo com o produto deve ser contido. As salas comerciais, por exemplo, ainda estão em baixa. Em São Paulo, o valor de locação deste segmento caiu 9,1% nos últimos 12 meses até maio e está 13,4% abaixo do pico, em abril de 2013, segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e o site de classificados Zap.
Estrategista da Guide Investimentos, Luiz Gustavo Pereira diz que, apesar da retomada dos fundos na bolsa, ainda não houve melhora significativa na rentabilidade. O alerta vale, principalmente, para quem vê o gráfico acima como indicação de que é hora de entrar neste mercado. "Depois da queda brusca no fim do ano passado e começo de 2016, o índice voltou a subir. Logo, já passou o momento daquele investidor mais especulativo, que procura comprar na baixa e vender na alta", afirma Eduardo Zahan, gerente de fundos da Rio Bravo.
A retomada recente dos fundos imobiliários também é creditada à valorização natural dos ativos negociados em bolsa quando a taxa de juros cai ou há perspectiva de corte no futuro.

Portugal quer atrair investidores brasileiros

Apelo histórico de Lisboa é arma para rivalizar com Miami

Apelo histórico de Lisboa é arma para rivalizar com Miami


CRISTINE PIRES/ESPECIAL/JC
Lisboa apelou à sua história para rivalizar com a ostentação de Miami e atrair brasileiros interessados na compra de imóveis. A presença dos brasileiros começou tímida a partir de 2012, quando o governo lusitano passou a oferecer visto de residência a estrangeiros que investissem no país para ajudar a tirá-lo da crise. Mas foi nos últimos meses que o Centro Histórico lisboeta teve ajuda da legislação e de missões de imobiliárias portuguesas a São Paulo e Rio de Janeiro para promover imóveis vagos em seus becos e ladeiras.
Em setembro de 2015, o governo português facilitou mais a concessão do Visto Gold, a autorização de residência para investimento. Pelas novas regras, quem investir ¤ 350 mil (R$ 1,3 milhão) na aquisição de imóvel de 30 anos ou localizado em áreas históricas ganha direito ao visto. Nos critérios anteriores, era necessário pagar ¤ 500 mil na compra de um imóvel.
Segundo a Apemip (associação imobiliária portuguesa), a compra de imóveis por brasileiros em Portugal subiu de 394 no primeiro trimestre de 2015 para 560 em igual período deste ano. Para Pedro D'Orey, sócio da empresa portuguesa de decoração QuartoSala, Miami é "uma compra mais previsível, no modelo de luxo e ostentação". Lisboa tem "estilo de vida mais sóbrio, menos espalhafatoso". D'Orey diz que muitos clientes já trazem o decorador do Brasil. "Por isso tenho viajado para fazer contatos." Sua clientela brasileira, que há quatro anos era "residual", hoje representa 35%.
Patrícia Barão, diretora da JLL, uma das principais imobiliárias do país, considera que a crise política do Brasil contribui para o fluxo atual. A imobiliária paulistana Cunha Bueno abriu unidade em Lisboa. "Já compramos 11 prédios no Centro Histórico e reformamos. Sete deles foram vendidos para brasileiros", diz o sócio Ronaldo Bueno Filho.
O perfil de quem procura é de elite: empresários em seus 40 anos, cansados da turbulenta economia brasileira, empreendedores encorajados a recomeçar, pais de filhos que estudam na Europa. O interesse nos imóveis da área histórica e turística da cidade cresce com a possibilidade de alugá-los para temporada quando estão desocupados, segundo Bueno Filho.

Preço dos imóveis fica estável em junho

Porto Alegre está entre as cidades que tiveram queda nominal dos preços no mês passado

Porto Alegre está entre as cidades que tiveram queda nominal dos preços no mês passado


FREDY VIEIRA/JC
A crise prolongada da economia brasileira continua provocando depreciação do mercado imobiliário brasileiro. O preço médio anunciado dos imóveis residenciais em 20 cidades brasileiras ficou estável na comparação de junho com maio. Os dados fazem parte de pesquisa divulgada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) com base nos anúncios do site Zap Imóveis. O resultado indica uma queda real nos preços, uma vez que a inflação do período é estimada em 0,38%, conforme projeções do boletim Focus, do Banco Central.
No acumulado do primeiro semestre, os preços médios anunciados dos imóveis nas 20 cidades tiveram alta de 0,03%. Já no acumulado dos últimos 12 meses encerrados em junho, houve queda de 0,02% - este é o menor patamar já registrado pela pesquisa desde o início de sua série histórica. Tendo em vista que a inflação esperada para o período de 12 meses é de 8,88%, segundo o boletim Focus, do Banco Central, é possível afirmar que o preço médio anunciado dos imóveis apresentou queda real de 8,17%.
Entre as cidades e regiões acompanhadas pela pesquisa, oito tiveram queda nominal dos preços em junho em relação ao mês anterior: São Paulo (-0,04%), Rio de Janeiro (-0,30%), Distrito Federal (-0,10%), Recife (-0,22%), Porto Alegre (-0,02%), Florianópolis (-0,09%), Niterói (-0,07%) e Goiânia (-0,78%).
Apenas cinco cidades registram evolução mensal dos preços em um patamar acima da inflação esperada para junho: Belo Horizonte (0,40%), Salvador (0,47%), Fortaleza (0,80%), Vitória (0,53%) e Contagem (1,48%).
Em junho, o valor médio do metro quadrado anunciado das 20 cidades foi de R$ 7.635. O Rio de Janeiro se manteve como a cidade mais cara do País (R$ 10.251/m2), seguida por São Paulo (R$ 8.630/m2), Distrito Federal (R$ 8.578/m2) e Niterói (R$ 7.442 /m2).