Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 29 de Junho de 2016 às 17:52

Patrimônio da mulher de Cunha cresceu 151% em seis anos

A quebra de sigilo fiscal da jornalista Cláudia Cruz, mulher do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), revela um crescimento patrimonial de 151% em seis anos, de 2008 a 2014. O patrimônio pulou de R$ 1,6 milhão para R$ 4,02 milhões. Em relatório anexado às investigações da Operação Lava Jato, os técnicos da Receita Federal afirmam que a jornalista usou artifícios para justificar o aumento de patrimonial, como recebimentos de pessoas físicas, o que na prática dificulta o rastreamento.
A quebra de sigilo fiscal da jornalista Cláudia Cruz, mulher do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), revela um crescimento patrimonial de 151% em seis anos, de 2008 a 2014. O patrimônio pulou de R$ 1,6 milhão para R$ 4,02 milhões. Em relatório anexado às investigações da Operação Lava Jato, os técnicos da Receita Federal afirmam que a jornalista usou artifícios para justificar o aumento de patrimonial, como recebimentos de pessoas físicas, o que na prática dificulta o rastreamento.
"Tudo leva a crer (logicamente dependendo do aprofundamento das investigações pelo MPF ou DPF) de que as investigadas utilizaram, em tese, como instrumento de lavagem de dinheiro a própria entrega de Dirpf para a Receita Federal, lançando valores no item de rendimentos recebidos de pessoas físicas (e de fato, na prática, regularmente, não há outra forma de fazê-lo para tributar espontaneamente alguma renda sem origem)", diz o relatório.
Em 2008, a jornalista declarou ter recebido R$ 80 mil de pessoas físicas e comprou dois carros - um Porsche Cayenne S por R$ 310 mil e um Passat por R$ 77 mil. Para justificar o gasto, declarou ao Fisco ter contraído um empréstimo de R$ 250 mil de Oliveira Francisco da Silva. O valor não foi quitado até a declaração referente a 2015 e entregue à Receita. Francisco Silva, ex-deputado pelo Rio de Janeiro e dono de uma rádio, é uma espécie de padrinho político de Cunha.
Apenas em 2010, uma conta de Cláudia Cruz, no Itaú-Unibanco, movimentou cerca de R$ 2,5 milhões. Na declaração de 2010, a jornalista informou ter recebido R$ 2,7 milhões em uma ação trabalhista. Sofreu uma ação fiscal da Receita e acabou multada em R$ 149 mil por não ter considerado parcela de contribuição previdenciária. O caso ainda tramita na Receita e, em 2015, foi feita uma retificação. Naquele ano, não foram declarados pagamentos feitos a ela por pessoas físicas.
O relatório da Receita também assinala que parte dos gastos da jornalista com cartões de crédito emitidos no Brasil - que superaram R$ 300 mil por ano de 2013 a 2015 - podem ter sido pagos por terceiros, já que não há registros de pagamentos nas suas contas bancárias.
A Operação Lava Jato quebrou os dados de Cláudia Cruz. O parecer jurídico afirma ainda que ela "omitiu bens e dinheiro fora do Brasil". Os técnicos também acharam os mesmos indícios contra presidente afastado da Câmara Eduardo Cunha. 
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO