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operação lava jato

- Publicada em 23 de Junho de 2016 às 18:42

Governo anterior jamais apoiou ação, diz ministro

Moraes visitou as instalações da força-tarefa de Curitiba

Moraes visitou as instalações da força-tarefa de Curitiba


ANTÔNIO CRUZ/ABR/JC
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, afirmou, nesta quinta-feira, que o governo da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) "jamais apoiou institucionalmente a Operação Lava Jato", que investiga um esquema de corrupção envolvendo desvios da Petrobras. A Lava Jato teve início em 2014, durante a gestão da presidente Dilma, e levou à prisão dirigentes do PT, como o ex-tesoureiro João Vaccari Neto. Petistas criticavam o então ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (PT), por não controlar a Polícia Federal na Lava Jato.
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, afirmou, nesta quinta-feira, que o governo da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) "jamais apoiou institucionalmente a Operação Lava Jato", que investiga um esquema de corrupção envolvendo desvios da Petrobras. A Lava Jato teve início em 2014, durante a gestão da presidente Dilma, e levou à prisão dirigentes do PT, como o ex-tesoureiro João Vaccari Neto. Petistas criticavam o então ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (PT), por não controlar a Polícia Federal na Lava Jato.
Moraes deu as declarações ao comentar uma possível influência entre sua visita à força-tarefa de Curitiba e a operação desta quinta, que prendeu o ex-ministro petista Paulo Bernardo - a operação não foi deflagrada por Curitiba, mas por São Paulo. "Não há nenhuma relação da minha visita institucional, de apoio à Lava Jato, provavelmente seja isso que tenha deixado desconfortável essas pessoas, é que o governo anterior jamais apoiou institucionalmente a Lava Jato, porque o governo anterior jamais apoiou o combate à corrupção", disse.
E completou afirmando que a gestão do presidente interino Michel Temer (PMDB) "apoia totalmente o combate à corrupção e a Operação Lava Jato, e não tem vergonha, como o governo anterior tinha, de dizer isso". Um dos integrantes da cúpula do governo, o agora ex-ministro Romero Jucá (PMDB-RR), saiu do cargo após ser flagrado em conversas nas quais sugeria um pacto para deter a Lava Jato. Temer também foi citado na delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, sob acusação de ter pedido propina para a campanha de Gabriel Chalita, à época no PMDB, à prefeitura de São Paulo.
 

Para Temer, Executivo não deve se envolver nas investigações da PF

Em meio à acusação de petistas de que o governo peemedebista teria influência na operação deflagrada nesta quinta-feira pela Polícia Federal, o presidente interino Michel Temer (PMDB) ressaltou que não há a "menor possibilidade" de interferência na Operação Lava Jato e que o Poder Executivo não irá invadir a competência do Poder Judiciário.
Na saída de cerimônia de entrega de cartas credenciais a representantes estrangeiros, realizada no Palácio do Planalto, o peemedebista afirmou que a gestão interina sempre dará apoio verbal às investigações e que, pelo princípio da separação das atividades governamentais, o Poder Executivo não deve se envolver no assunto.
"Não haverá a menor possibilidade de interferência na Operação Lava Jato. Ao contrário, o que deve haver sempre é o apoio, mas um apoio verbal, não de ação. Colocar o Poder Executivo trabalhando nessa matéria estaria invadindo uma competência que é, na verdade, do Poder Judiciário", disse.
Nesta quinta-feira, a Polícia Federal deflagrou operação que investiga um esquema de corrupção supostamente usado para abastecer o caixa do PT. Paulo Bernardo, ex-ministro dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva Lula e de Dilma Rousseff, foi preso preventivamente, suspeito de receber até R$ 7 milhões em propina.
Ele foi detido em Brasília, no apartamento funcional onde estava com a mulher, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). A casa dos dois em Curitiba também foi alvo de buscas. O petista foi levado à sede da PF, que centraliza a investigação, um desdobramento da Operação Lava Jato.