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Opinião

- Publicada em 29 de Junho de 2016 às 17:35

Ajustes para a retomada do crescimento econômico

Enquanto o Senado não se pronuncia, definitivamente, sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), a economia brasileira tem que retomar o caminho do crescimento. Independentemente de ser a favor ou contra a volta da hoje afastada presidente, o Brasil deve buscar caminhos para crescer. Temos 11 milhões de desempregados, uma tragédia social.
Enquanto o Senado não se pronuncia, definitivamente, sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), a economia brasileira tem que retomar o caminho do crescimento. Independentemente de ser a favor ou contra a volta da hoje afastada presidente, o Brasil deve buscar caminhos para crescer. Temos 11 milhões de desempregados, uma tragédia social.
Nesse contexto, foi animador saber que o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou um estudo positivo referente à nossa economia. O documento, no qual já aparece o nome do novo presidente do instituto, Ernesto Lozardo, sinaliza que a recuperação da economia brasileira estaria mais próxima.
Os primeiros sinais deste possível início de recuperação cíclica, de acordo com o Ipea, se concentram, em princípio, na indústria, sobretudo nas empresas com atuação no mercado externo. Por isso, não obstante o quadro geral relativo à atividade econômica continuar sendo caracterizado pelo ciclo recessivo iniciado no segundo trimestre de 2014, já há indícios de que o início da recuperação pode estar mais próximo.
Se, por um lado, o elevado grau de disseminação e intensidade da queda da atividade econômica lhe confere um caráter resiliente, por outro o desempenho recente de alguns indicadores sugere que a crise começa a perder fôlego, no estudo do Ipea.
O instituto também destaca que setores industriais voltados ao comércio exterior são os primeiros beneficiados com o que classificou como ajuste proveniente do setor externo. A retração da demanda doméstica segue provocando um forte ajuste de estoques. O atual nível dos estoques, por outro lado, representaria uma fonte de estímulo para a retomada da produção doméstica.
Mas, o aparente otimismo vem acompanhado de uma análise do atual momento da indústria, o setor que mais sentiu a crise econômica, e todos os desafios ainda a serem superados.
A análise dos dados divulgados na Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF) do IBGE permite identificar indícios de que a longa trajetória de queda da produção industrial pode estar se aproximando de um ponto de inflexão. O caminho de recuperação, no entanto, aparentemente será longo, na opinião dos economistas do Ipea.
Está claro que o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) no início do ano refletiu o fraco desempenho da economia nos últimos trimestres. Assim, o Ipea estima que o carry-over para 2016 ficou em -2,6%. Ou seja, caso permaneça estagnado durante os próximos três trimestres, na série com ajuste sazonal, o PIB de 2016 terá sido 2,6% menor que o do ano passado.
A desaceleração no ritmo de queda do PIB teria como pano de fundo o atual patamar da economia brasileira. Desde o início da atual recessão, o PIB já acumula queda de 7,1%.
O melhor é que os níveis de confiança dos empresários vêm registrando altas nos últimos meses, embora ainda se mantenham em patamares próximos dos mínimos históricos. A indústria apresentou queda em oito dos últimos 10 trimestres.
O que importa, agora, é que o Brasil está passando pelos três ajustes com uma razoável perspectiva de crescimento. Os três ajustes são o externo, o monetário e o fiscal. Então, que os números voltem a nos dar esperança de que o fundo do poço da economia nacional foi alcançado, mas com indícios de retomada. Tênue, mas sempre retomada. A esperança volta à economia e é isso o que interessa.
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