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Opinião

- Publicada em 06 de Junho de 2016 às 15:18

Educação x Interesses

O secretário da Educação licenciou-se para concorrer às eleições municipais. O que causou perplexidade foi ele ter sido alvo de críticas no sentido de que a sua secretaria, embora a alegada escassez de recursos e restrições orçamentárias destinadas a alguns segmentos do Estado teve pleitos "concedidos".
O secretário da Educação licenciou-se para concorrer às eleições municipais. O que causou perplexidade foi ele ter sido alvo de críticas no sentido de que a sua secretaria, embora a alegada escassez de recursos e restrições orçamentárias destinadas a alguns segmentos do Estado teve pleitos "concedidos".
Se a educação não fosse importante, não seria elencada como o primeiro dos direitos sociais na Constituição, nem seria objeto de competência concorrente para União, Estados e Distrito Federal legislarem, tampouco teria uma seção inteira da mesma Constituição a ela dedicada. Simetricamente, a Constituição Estadual também dedica uma seção ao tema. O objetivo traçado pelos textos é o pleno desenvolvimento da pessoa. Ora, como será possível a concretização desse propósito se os atores políticos consideram "concessão" atender a tímidos pleitos de um secretário de Educação? Não se está aqui a julgar a atuação do secretário enquanto esteve à frente da pasta. O questionamento diz respeito aos valores (ou inversão de) de alguns ao cobrarem alegadas "benesses" que essa Secretaria de Estado teve. Tristemente, assim, a educação é tratada no Estado. Um assunto de tal relevância para a formação das gerações futuras, e consequentemente para a condução do País, é alvo de mesquinharias como se crianças estivessem em uma mesa disputando quem ganha o copo de suco mais cheio.
Com tanto a fazer, a começar pela valorização dos professores e consequente geração de satisfação no exercício dessa vocação, pela existência de número condizente de educadores para ministrar toda a grade de disciplinas, pela propagação das escolas em turnos integrais, especialmente em locais de maior vulnerabilidade social e pelo atendimento multidisciplinar dos alunos, não se concebe que se questione a liberação de uma gota quando a necessidade é de um oceano. A cada um de nós cabe o dever de cobrar e fiscalizar a implementação de políticas públicas tendentes à persecução do fim disposto nos textos constitucionais. O futuro do País agradece.
Procuradora do Estado
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