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Opinião

- Publicada em 03 de Junho de 2016 às 16:23

Relações comerciais com todos os países no mundo

O ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB), esteve em Paris para encontro da Organização Mundial do Comércio (OMC). A OMC tem, atualmente, como diretor-geral o brasileiro Roberto Azevêdo. José Serra falou de uma certa inconformidade pelo trabalho da Organização Mundial do Comércio, pois, segundo ele, a entidade não tem avançado em seus propósitos, uma vez que muitos países continuam bloqueando a entrada de produtos agropecuários, prejudicando, sobremaneira, o Brasil.
O ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB), esteve em Paris para encontro da Organização Mundial do Comércio (OMC). A OMC tem, atualmente, como diretor-geral o brasileiro Roberto Azevêdo. José Serra falou de uma certa inconformidade pelo trabalho da Organização Mundial do Comércio, pois, segundo ele, a entidade não tem avançado em seus propósitos, uma vez que muitos países continuam bloqueando a entrada de produtos agropecuários, prejudicando, sobremaneira, o Brasil.
Como, antes, Serra havia falado que a prioridade do Brasil é fazer acordos com a União Europeia e os Estados Unidos, isso trouxe críticas. É que "o País estaria dando as costas para o Mercosul, a América Latina e o grupo Brics", formado justamente pelo Brasil, além de Rússia, Índia, China e África do Sul. É um grupo econômico cuja presença global tem aumentado ultimamente, mesmo com a crise pela qual passam o Brasil e a Rússia, ainda que a China continue liderando o comércio e o crescimento mundial, e a Índia vai bem.
No entanto, é sabido que o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia se arrasta há 10 anos, no mínimo, eis que, aqui, a Argentina coloca algumas reticências à adesão. Lá na Europa, os produtores agropecuários também resistem, com medo da força do setor no Brasil e também na Argentina.
Porém, de pleno, Serra explicou que novos acordos do Brasil não são excludentes aos atuais parceiros latinos e, menos ainda, com os países formadores do Brics.
Roberto Azevêdo, didaticamente, lembrou que não é interessante para o nosso País se afastar da OMC. Isso foi algo que José Serra falou, nada será excludente, pois a aproximação com os Estados Unidos e com o Canadá serviria como alerta para que a União Europeia trate de acordar com o nosso Brasil e o Mercosul.
Evidentemente que o Brasil tem que negociar com todos, independentemente do viés ideológico, pois os interesses nacionais assim o indicam. Vender, transacionar, fazer trocas, comprar, isso é o que interessa, e a História prova que as nações mais ricas ao longo dos séculos têm sido aquelas com intenso comércio. Isso é um fato.
As críticas que ocorreram tão logo José Serra se pronunciou como novo ministro das Relações Exteriores foram no sentido de que ele estaria abandonando o Mercosul. Isso não é viável, mesmo que, ao longo dos últimos anos, o Mercado Comum do Sul tenha impedido o Brasil e a Argentina, as duas maiores economias do bloco, de auferir vantagens de novos acordos bilaterais.
Na Organização Mundial do Comércio, os acordos são multilaterais, porém foi o próprio Roberto Azevêdo quem lembrou que o Brasil deve mesmo fazer acordos bilaterais, mas sem deixar de lado o trabalho na OMC, "que é um organismo importante e muito amplo". Também falou que muitos países têm feito acordos bilaterais sem descurar da Organização, o que deveria servir de exemplo para nós, brasileiros.
É mesmo uma nova etapa que passaremos a viver no Brasil, a qual, espera-se, traga benefícios aos País. No entanto, o boom das commodities, como tivemos até 2012/2013, não voltará tão cedo, ainda que o preço da soja tenha atingido quase R$ 100,00, o que é muito bom especialmente para o Rio Grande do Sul e o Mato Grosso, grandes produtores da oleaginosa.
Assim, temos que fazer acordos onde eles estiverem e visando aos interesses do País. Entre países, foi dito, há interesses. Portanto, comerciar é preciso.
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