Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 01 de Junho de 2016 às 16:55

De onde vem o armamento dos criminosos

Durante décadas, ouvimos a suposta tese de que o cidadão comum, que compra uma arma de fogo legalmente para sua defesa, é o responsável por abastecer o arsenal dos criminosos ao ter sua arma roubada ou furtada. Na CPI das Armas que ocorre na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, a polícia apreendeu cerca de 9 mil armas em 2015. Dessas, metade tinha número de série, e apenas 1.200, ou seja, menos de 15% do total, eram registradas no Sistema Nacional de Armas e puderam ser rastreadas. Das armas com registro, grande parte foi furtada, roubada ou desviada de instituições policiais, fóruns, empresas de segurança e até mesmo das Forças Armadas. Obviamente, o contrabando continua sendo o grande abastecedor da criminalidade violenta, colocando nas mãos de criminosos poderosos armamentos, que muitas vezes nem mesmo a polícia pode fazer frente.
Durante décadas, ouvimos a suposta tese de que o cidadão comum, que compra uma arma de fogo legalmente para sua defesa, é o responsável por abastecer o arsenal dos criminosos ao ter sua arma roubada ou furtada. Na CPI das Armas que ocorre na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, a polícia apreendeu cerca de 9 mil armas em 2015. Dessas, metade tinha número de série, e apenas 1.200, ou seja, menos de 15% do total, eram registradas no Sistema Nacional de Armas e puderam ser rastreadas. Das armas com registro, grande parte foi furtada, roubada ou desviada de instituições policiais, fóruns, empresas de segurança e até mesmo das Forças Armadas. Obviamente, o contrabando continua sendo o grande abastecedor da criminalidade violenta, colocando nas mãos de criminosos poderosos armamentos, que muitas vezes nem mesmo a polícia pode fazer frente.
Na invasão do Complexo do Alemão, no Rio, em 2010, foi constatado que quase 80% das armas eram de fabricação estrangeira e 60%, de calibre restrito. Havia pelo menos 13 armas identificadas vindas da Polícia Militar do Rio de Janeiro, das Forças Armadas e até da Polícia Militar do Distrito Federal. Algumas armas até já fizeram parte dos arsenais do Exército boliviano, argentino e venezuelano, antes mesmo de chegar às mãos de criminosos. A ideia de que as armas vendidas no mercado nacional para o cidadão abasteceriam a criminalidade se mostra cada vez mais inverossímil, um ardil para se justificar a atual política nacional de desarmamento que nunca mostrou qualquer resultado positivo.
A venda legal de armas em lojas especializadas despencou 90% no Brasil e - vejam só! - o percentual de homicídios com o uso de armas continuou e continua subindo no País. O Uruguai é o país mais armado da América Latina, com uma arma para cada seis habitantes, e possui uma das menores taxas de homicídios (7,81). Já o Paraguai, que apresentava em 2002 a sua taxa mais alta com 24,63 homicídios por 100 mil habitantes, conseguiu reduzir seus índices para apenas 7,98, mesmo possuindo uma das leis mais liberais para posse e porte de armas. Gestores da Segurança Pública seguem com a ideia utópica de que quem está disposto a cometer um crime irá respeitar uma lei que proíbe o porte ou a posse de armas e, mesmo se fosse possível acabar com todas as armas de fogo do mundo, não procuraria outras formas de cometer seus malfeitos.
Presidente do Movimento Viva Brasil
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO