Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Funcionalismo

- Publicada em 28 de Junho de 2016 às 21:57

Municipários optam por continuar em greve

Sindicato pede reajuste imediato;  prefeito já negou essa possibilidade

Sindicato pede reajuste imediato; prefeito já negou essa possibilidade


JONATHAN HECKLER/JC
Em resposta à decisão do governo municipal de pagar a reposição da inflação em parcelas até janeiro de 2017, os municipários de Porto Alegre decidiram, em assembleia geral realizada ontem à tarde, manter a paralisação por tempo indeterminado. Em apoio, a Guarda Municipal decidiu realizar operação-padrão. Hoje, às 9h, os municipários se reunirão em frente ao Paço Municipal. À tarde, se dirigirão à Câmara Municipal para, além de pressionar os vereadores a apoiarem o movimento, participar da Quarta Temática, que discutirá o Programa Escola Sem Partido, proposto pelo Projeto de Lei nº 124/2016.
Em resposta à decisão do governo municipal de pagar a reposição da inflação em parcelas até janeiro de 2017, os municipários de Porto Alegre decidiram, em assembleia geral realizada ontem à tarde, manter a paralisação por tempo indeterminado. Em apoio, a Guarda Municipal decidiu realizar operação-padrão. Hoje, às 9h, os municipários se reunirão em frente ao Paço Municipal. À tarde, se dirigirão à Câmara Municipal para, além de pressionar os vereadores a apoiarem o movimento, participar da Quarta Temática, que discutirá o Programa Escola Sem Partido, proposto pelo Projeto de Lei nº 124/2016.
Além de negar qualquer possibilidade de reajuste salarial, o Executivo municipal propôs, em reunião realizada ontem, que a negociação sobre o corte do ponto seja feita após o término da greve. Por enquanto, o salário correspondente aos dias parados não será reposto pelo governo. A proposta não foi vista com bons olhos pelos municipários, que soltaram vaias todas as vezes que o assunto foi mencionado durante a assembleia. Alguns trabalhadores, mais indignados, chegaram a chamar o prefeito José Fortunati e o vice-prefeito Sebastião Melo de "criminosos" e "corruptos".
Ainda na segunda-feira, Fortunati anunciou a reposição de 9,28% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) 2015/2016, em quatro parcelas, sendo a primeira retroativa a maio, até janeiro de 2017. Quando apresentada à categoria, a proposta havia sido rejeitada, uma vez que o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) reivindica o reajuste de forma imediata.
Para Carmen Padilha, diretora de comunicação do Simpa, a decisão foi autoritária e intransigente. "Parece mentira que um prefeito que se diz honrado de ter sido sindicalista tenha aprovado algo dessa maneira autoritária, desrespeitando todos que aderiram ao movimento", afirmou no palco, diante de aproximadamente 500 pessoas.
O calendário estabelecido propõe reajuste de 1,2% na próxima folha, retroativo a maio, 2% em outubro, 4,2% em dezembro e 1,6% em janeiro de 2017. O vale-refeição receberá o mesmo aumento, em parcela única retroativa a maio, chegando a R$ 20,22.
Entre os 13 inscritos para manifestação na assembleia, apenas um apresentou uma ideia favorável ao fim da greve, apesar de defender a importância do ato marcado para hoje. A falta de adesão, também usada por Fortunati para argumentar contra o movimento, é vista como preocupante pelos municipários. "Por que as pessoas que estão aqui hoje não estavam no ato pela manhã?", criticaram os representantes.
A categoria está paralisada desde 13 de junho. Para amanhã à tarde, está marcada mais uma assembleia geral da categoria, novamente no Centro de Eventos do Parque da Harmonia.
 

Por melhorias salariais, servidores da saúde podem paralisar atividades na próxima semana

Sindicato pede reajuste da inflação de forma imediata; prefeitura já negou possibilidade

Sindicato pede reajuste da inflação de forma imediata; prefeitura já negou possibilidade


JONATHAN HECKLER/JC
Ontem, servidores da área da saúde paralisaram por algumas horas em protesto por melhorias salariais. O movimento envolveu atos em frente ao Hospital Conceição, no bairro Cristo Redentor, no Hospital de Clínicas, na avenida Osvaldo Aranha, no Instituto Municipal de Estratégia e Saúde da Família (Imesf), na avenida Loureiro da Silva, e no Hospital Nossa Senhora das Graças, em Canoas. Os atos começaram pela manhã e, às 14h, os trabalhadores se reuniram em caminhada até o Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre (Sindihospa), no bairro Petrópolis, e, depois, retornaram ao Hospital de Clínicas pela avenida Ipiranga.
Os atos reuniram cerca de mil trabalhadores que buscam reajuste de 15%, correspondente à inflação, mais aumento real. No entanto, o Sindihospa, que responde pelas casas de saúde públicas e privadas, acena com 3% parcelados, o Sindicato dos Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Rio Grande do Sul (Sindiberf) nega a possibilidade de reajuste.
O secretário-geral do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos, Duchistas, Massagistas e Empregados em Casas de Saúde do Rio Grande do Sul (Sindisaúde/RS), Julio Jesien, afirma que a pauta é basicamente a mesma reivindicada pelos municipários. No entanto, os trabalhadores da saúde possuem pautas próprias, como o auxílio-creche e a jornada de 30 horas semanais.
A proposta de reajuste parcelado, apresentada pelo governo aos municipários, também não agrada a categoria. Por enquanto, o Sindisaúde recebeu apenas uma proposta informal, enviada pelo secretário municipal da Saúde, Fernando Ritter. O documento formal será enviado até sexta-feira, quando a categoria deverá analisá-lo e, em seguida, decidirá os próximos passos.
Jesien crê que uma nova assembleia geral deverá ser marcada para semana que vem e não descarta a possibilidade de que um movimento paredista seja definido pelos trabalhadores do Imesf, que servem a 142 postos de saúde da Capital. "Estamos tentando não tomar essa atitude drástica, mas como a proposta é muito ruim, não resta outra saída", lamenta. Na assembleia do dia 14, foi decidido entrar em estado de greve, o que possibilita que os trabalhadores possam paralisar os serviços a qualquer momento.