Roberta Fofonka

Empreendimentos voltados ao público com restrições alimentares sofrem resistência no mercado. Conheça o caso da Cherry Cake

Cherry Cake: o desafio de um serviço especializado para celíacos e intolerantes

Roberta Fofonka

Empreendimentos voltados ao público com restrições alimentares sofrem resistência no mercado. Conheça o caso da Cherry Cake

A doença celíaca - causada pela intolerância ao glúten, uma proteína encontrada no trigo, na aveia, cevada e centeio –, afeta cerca de 1% da população mundial, e pode aparecer em qualquer fase da vida. Ao mínimo contato com um farelo de pão ou bolo feitos com farinha convencional, ou mesmo um gole de cerveja, o portador da doença pode ter reações estomacais diversas.
A doença celíaca - causada pela intolerância ao glúten, uma proteína encontrada no trigo, na aveia, cevada e centeio –, afeta cerca de 1% da população mundial, e pode aparecer em qualquer fase da vida. Ao mínimo contato com um farelo de pão ou bolo feitos com farinha convencional, ou mesmo um gole de cerveja, o portador da doença pode ter reações estomacais diversas.
O único tratamento eficaz conhecido hoje em dia é a dieta totalmente sem glúten, e a falta de opções gastronômicas que atendam a essa exigência leva à maioria dos celíacos a raramente poder se alimentar fora de casa, por exemplo.
Baseado na intolerância desenvolvida pela irmã ao glúten e à lactose, o administrador Rodrigo Machado, 27, resolveu abrir a Cherry Cake – cafeteria que serve apenas pratos sem os derivados, na Rua Santana, nº 253, em Porto Alegre.
O empreendedor Rodrigo Machado resolveu abrir a cafeteria após a irmã desenvolver intolerâncias alimentares
No entanto, Rodrigo afirma, ainda há muita resistência do público. “Tem gente que associa produtos especializados à produto sem gosto”, conta. Mas isso em nada corresponde com o variado menu da Cherry Cake que, de tão variado, não chega a ser fixo. Os doces e salgados ficam numa base de R$ 6,50, entre tortas, quiches, cupcakes, bolos e pizzas. Os pratos preferenciais do cliente também podem ser pedidos sob encomenda.
E o desafio não para por aí: foi preciso tempo e paciência para ir testando receitas e ponto das massas, além de que os produtos sem glúten e sem lactose também saem mais caro para a produção. Para manter o preço na média das cafeterias em geral, a opção foi reduzir a margem de lucro.
Rodrigo afirma que entende a postura desconfiada do cliente, uma vez que esta culinária ainda não é tão popular, embora haja também bastante gente a fim de experimentar. “Eu sou um, que se não tivesse experimentado, talvez não conheceria”, pondera. Quanto a isso, a projeção de recuperar o investimento em um ano e meio já se alargou para dois. A estratégia, então, é tentar chegar o máximo possível até o público com restrições alimentares.
No Brasil inteiro a estimativa da população celíaca é incerta, aponta a Acelbra-RS, por não haver nenhum censo sobre ela, e o Ministério da Saúde também não requer nenhum tipo de notificação.
 Rodrigo Machado no Cherry Cake, café com opções apenas sem glúten nem lactose, na Santana,
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