Ídolo na década de 1970, Caçapava morre aos 61 anos

Uma pessoa carismática e simples; assim era Luís Carlos Melo Lopes, o Caçapava. Ídolo do Inter na década de 1970, o ex-volante morreu no início da manhã de ontem, em sua cidade natal, Caçapava do Sul, que lhe rendeu o apelido. Ele não resistiu a um enfarte e faleceu aos 61 anos.

Como atleta, Caçapava deu seus primeiros passos no Gaúcho, clube de sua cidade, então com seus 18 anos. Em 1972, transferiu-se para o Inter, onde, aos poucos, começou a se destacar. Em 1974, conquistou seu primeiro grande título com a camisa colorada, o primeiro Campeonato Gaúcho de muitos outros que estavam por vir - venceu também em 1975, 1976 e 1978.

Um ano depois, deparava-se com um Beira-Rio completamente lotado para a grande final do Brasileirão, diante do forte Cruzeiro. O placar foi de 1 a 0 para o Inter, gol de Figueroa, com quem Caçapava cultivava grande amizade. Em 1976, veio o bicampeonato, com uma vitória de 2 a 0 em cima do Corinthians.

"Para os colorados que assistiram ao vivo aos craques da década de 1970 desfilarem pelos gramados do Brasil, uma lembrança há de ficar. Caçapava era o cão de guarda da meia-cancha colorada, e não dava descanso e nem sossego para os atacantes e meias mais desavisados", registrou o Inter, em nota oficial.

Em 1979, o volante transferiu-se para o Corinthians, onde sagrou-se campeão paulista. Depois, passou por Palmeiras, Vila Nova-GO, Ceará (time pelo qual foi campeão cearense, em 1984), Novo Hamburgo e Fortaleza, onde encerrou a carreira, em 1987.

Nos últimos anos, atuava no setor de relacionamento social do clube e participava de eventos em diversas cidades. O corpo do ídolo colorado foi velado e sepultado ontem em Caçapava do Sul.