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energia

- Publicada em 27 de Junho de 2016 às 18:14

Governo estuda possibilidade de venda de participação da Eletrobras em SPEs

Araújo (e) e Moura detalharam a reunião do grupo de trabalho

Araújo (e) e Moura detalharam a reunião do grupo de trabalho


JOSÉ CRUZ/ABR/JC
Na tentativa de criar notícias positivas, o presidente interino Michel Temer reuniu, na manhã de ontem, ministros ligados à área de infraestrutura para buscar desenhar uma agenda de trabalho. Após o encontro, que durou mais de três horas, coube ao ministro das Cidades, Bruno Araújo, e ao líder do governo na Câmara, André Moura, detalharem as ideias ainda embrionárias do grupo de trabalho.
Na tentativa de criar notícias positivas, o presidente interino Michel Temer reuniu, na manhã de ontem, ministros ligados à área de infraestrutura para buscar desenhar uma agenda de trabalho. Após o encontro, que durou mais de três horas, coube ao ministro das Cidades, Bruno Araújo, e ao líder do governo na Câmara, André Moura, detalharem as ideias ainda embrionárias do grupo de trabalho.
De acordo com o ministro, o governo vai estudar a possibilidade de venda da participação da Eletrobras em Sociedades de Propósito Específico (SPEs). A estatal faz parte de 174 SPEs, o que corresponde a ativos da ordem de R$ 20 bilhões.
Segundo ele, a venda dessas parcelas poderia ajudar a reduzir o passivo da Eletrobras, que soma quase R$ 34 bilhões. SPEs são empresas criadas com a finalidade de tocar empreendimentos, com sócios que podem ser do setor público e privado. Entre as SPEs de que a Eletrobras participa estão as usinas de Santo Antônio, Jirau e Belo Monte.
"São ativos que giram em torno de R$ 20 bilhões e que estariam à disposição para reduzir o endividamento do sistema", afirmou. "Não necessariamente esses ativos serão colocados à venda hoje ou amanhã. Haverá um estudo e isso será feito em um momento oportuno para a União."
O ministro disse que o FI-FGTS conta com R$ 20 bilhões para investimentos na área de infraestrutura. "Esses recursos ficam à disposição para fortalecer os programas", comentou.
Segundo Araújo, Temer solicitou maior interação das pastas e pediu aos ministros para que priorizem a conclusão das obras em andamento "para preservar recursos dos brasileiros que já estão aplicados". André Moura, por sua vez, afirmou que ficou acordado que os ministros entregarão relatórios semanais aos líderes do governo no Congresso para que eles "possam abastecer a bancada com informações".
Além de Araújo e Moura, participaram do encontro de hoje os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha; o interino do Planejamento, Dyogo Oliveira; de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho; da Integração Nacional, Helder Barbalho; de Transportes, Porto e Aviação Civil, Maurício Quintella; de Meio Ambiente, Sarney Filho; além do líder do governo no Senado, Aloysio Nunes, e a líder do governo no Congresso Nacional, Rose de Freitas.
 

Carga de energia deve crescer 3,1% em julho, projeta ONS

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) estima que a carga de energia apresentará um crescimento de 3,1% em julho frente ao mesmo mês do ano passado, somando 64.642 MW médios. Em relação a junho, a previsão aponta para estabilidade. Dentre as regiões, Sul e Nordeste apresentarão a maior expansão, na comparação anual, da ordem de 6%. Já a carga no Norte aumentará 4,3%, enquanto, no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, o principal centro de carga do País, o crescimento será de 1,3%.
As projeções refletem a perspectiva de manutenção das condições climáticas típicas de inverno que já vêm sendo observadas ao longo do mês de junho nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, diferentemente do que ocorreu em 2015, quando as temperaturas ficaram mais amenas para o período. "A expectativa de ocorrência de baixas temperaturas no subsistema Sul, principalmente no que se refere às temperaturas mínimas, contribui para o aumento da carga nesse subsistema, em função da maior utilização de equipamentos de condicionamento térmico", destacou.
Pelas previsões do ONS, a Energia Natural Afluente (ENA), indicador que dimensiona a utilização da capacidade dos reservatórios e a consequente geração de energia, ficará em 99% da média histórica na região Sudeste no mês de julho. Em sua primeira previsão para o período, o ONS projeta que, no fim do próximo mês, os reservatórios da região, considerada a "caixa d'água" do País, estarão em 50,2%, queda ante os 56,36% anotados ontem.
A região Sul também registrará ENA perto dos índices históricos, em 89% da média de longo termo (MLT) de julho, o que fará com que o nível dos reservatórios da região alcance os 80,9%, abaixo dos 89,53% de ontem.
O Informe do Programa Mensal de Operação (IPMO) aponta alta no custo de geração de energia nos submercados Sudeste/Centro-Oeste e Sul. Para a semana de 25 de junho a 1 de julho, o Custo Marginal de Operação (CMO) foi fixado em R$ 47,98/MWh nessas regiões, ante os R$ 36,15/MWh e R$ 33,78, respectivamente, da semana que passou.

Brasil e Argentina devem assinar acordo para reativar AES Uruguaiana

Os governos do Brasil e da Argentina devem assinar um novo acordo para a retomada do funcionamento da Termo AES Uruguaiana. A informação foi divulgada ontem pelo deputado estadual Frederico Antunes (PP), após reunião em Brasília com o secretário do Ministério de Minas e Energia, Fábio Lopes Alves. A expectativa, segundo Alves, é de que ocorra, em, no máximo, 30 dias, a assinatura de um novo acordo entre os dois países.
"A se confirmar, esta é uma excelente notícia para Uruguaiana e região. Só vamos parar com essa luta quando a nossa usina voltar a funcionar os 365 dias do ano", afirmou o deputado.
A AES Uruguaiana foi a primeira usina termelétrica a operar com gás natural no Brasil, iniciando as atividades em 2000, com capacidade instalada de 639 MW. Em agosto de 2008, a empresa argentina responsável pelo fornecimento de gás natural à AES Uruguaiana suspendeu o envio do insumo à empresa. A AES determinou, em abril de 2009, a hibernação da usina, o que implicou na paralisação de suas atividades de operação. Em 2013 e 2014, a usina voltou a operar no período de fevereiro a maio, tendo seu trabalho novamente paralisado por falta do fornecimento de gás.