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Construção Civil

- Publicada em 27 de Junho de 2016 às 18:07

Mão de obra puxa alta do Índice Nacional de Custo da Construção em junho


CLAITON DORNELLES/JC
O Índice Nacional de Custo da Construção - Mercado (INCC-M) ficou em 1,52% em junho, mostrando forte aceleração em relação à alta de 0,19% de maio, segundo divulgou ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV). O INCC-M acumula alta de 3,81% no ano e de 6,40% em 12 meses.
O Índice Nacional de Custo da Construção - Mercado (INCC-M) ficou em 1,52% em junho, mostrando forte aceleração em relação à alta de 0,19% de maio, segundo divulgou ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV). O INCC-M acumula alta de 3,81% no ano e de 6,40% em 12 meses.
O avanço foi determinado pelo grupo mão de obra, cuja variação saiu de 0,32% em maio para 2,64% em junho. Também registrou inflação mais alta o índice relativo a materiais, equipamentos e serviços. A taxa passou de 0,04% em maio para 0,26% em junho.
Quatro das sete capitais analisadas apresentaram aceleração em suas taxas de variação: Brasília (de -0,21% para 0,25%), Belo Horizonte (de -0,07% para -0,01%), Rio de Janeiro (de 0,05% para 1,98%) e São Paulo (de 0,07% para 2,99%).
Em contrapartida, registraram desaceleração as cidades de Salvador (de 1,72% para -0,10%) e Recife (de 0,12% para 0,08%). Porto Alegre apresentou o mesmo nível para o indicador entre os dois meses: 0,15%.
Os itens que mais contribuíram para a forte aceleração do INCC-M na passagem de maio para junho foram ajudante especializado (de 0,19% para 3,07%), servente (de 0,25% para 2,96%), carpinteiro de fôrma, esquadria e telhado (de 0,31% para 2,97%), pedreiro (de 0,30% para 2,46%) e bombeiro (de 0,44% para 3,76%). A forte alta dos preços cobrados por esses prestadores de serviços reflete o reajuste salarial registrado em São Paulo e no Rio de Janeiro. Dentro do INCC-M, o índice referente à mão de obra variou de 0,32% para 2,64%, conforme divulgado pela FGV.
O grupo materiais, equipamentos e serviços também apresentou aceleração - de 0,04% em maio para 0,26% em junho. Dentro deste índice, o item relativo a materiais e equipamentos subiu de 0,07% para 0,21% entre os dois meses, enquanto o referente a serviços saiu de -0,07 para 0,46%.
Individualmente, entre as maiores influências de baixa foram cimento portland comum (de -0,45% para -1,73%), condutores elétricos (ainda que tenha acelerado de -2,32% para -1,82%), massa de concreto (de -0,13% para -0,44%), elevador (de 0,31% para -0,06%) e compensados (ainda que tenha desacelerado de -0,57% para -0,40%).
Na passagem de maio para junho, o INCC-M avançou de 0,19% para 1,52%. O indicador é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

Confiança dos construtores registra queda de 1,1 ponto

O Índice de Confiança da Construção (ICST) recuou 1,1 ponto em junho na comparação com maio, para 68,0 pontos, na série com ajustes sazonais, divulgou ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, a média móvel trimestral do índice cresceu 0,4 ponto na margem, o segundo avanço consecutivo após a sequência de 29 quedas seguidas desde dezembro de 2013 nesta forma de avaliação.
Em junho, o Índice de Expectativas (IE) recuou 3,0 pontos, para 74,9 pontos. O resultado do IE refletiu principalmente a baixa do indicador que mede a demanda prevista para os próximos seis meses, com variação negativa de 3,3 pontos.
O Índice da Situação Atual (ISA), por outro lado, interrompeu a tendência de baixa observada desde janeiro de 2016. O indicador avançou 0,8 ponto, para 61,7 pontos. O quesito que mais contribuiu para a alta do ISA é o que mede o grau de satisfação das empresas com a situação atual dos negócios, com ganho de 3,7 pontos em relação a maio. A melhora, no entanto, foi atenuada pela queda de 2,2 pontos do indicador que capta a situação atual da carteira de contratos.
De acordo com a coordenadora de projetos da construção do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, Ana Maria Castelo, houve uma acomodação das expectativas após grande euforia no setor em maio. "De todo modo, vale notar que os empresários continuam ainda mais confiantes do que estavam no início do ano. Outro ponto de destaque é a percepção de que a situação atual dos negócios deixou de piorar em junho. A carteira de contratos das empresas, no entanto, mantém-se no patamar mais baixo já registrado pela pesquisa", observou. Foram ouvidas 700 empresas entre os dias 1 e 22 deste mês.