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Indústria

- Publicada em 13 de Junho de 2016 às 17:52

Governo prorroga 23 adesões ao PPE

 THIS PHOTO TAKEN ON OCTOBER 4, 2015 SHOWS A WORKER WELDING A PART OF A CARGO SHIP IN A SHIPYARD IN CHINA'S SOUTHWEST CHONGQING MUNICIPALITY.  CHINESE IMPORTS SLUMPED BY NEARLY 18 PERCENT YEAR-ON-YEAR IN SEPTEMBER, CUSTOMS SAID ON OCTOBER 13, IN THE LATEST POOR FIGURES FROM THE WORLD'S SECOND-LARGEST ECONOMY. CHINA OUT   AFP PHOTO

THIS PHOTO TAKEN ON OCTOBER 4, 2015 SHOWS A WORKER WELDING A PART OF A CARGO SHIP IN A SHIPYARD IN CHINA'S SOUTHWEST CHONGQING MUNICIPALITY. CHINESE IMPORTS SLUMPED BY NEARLY 18 PERCENT YEAR-ON-YEAR IN SEPTEMBER, CUSTOMS SAID ON OCTOBER 13, IN THE LATEST POOR FIGURES FROM THE WORLD'S SECOND-LARGEST ECONOMY. CHINA OUT AFP PHOTO


AFP/JC
O Ministério do Trabalho prorrogou 23 adesões ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE). Segundo o ministério, 13 empresas fizeram 36 solicitações de prorrogação, das quais 23 já foram autorizadas - seis empresas do setor automotivo, cinco do setor fabril e duas do setor metalúrgico.
O Ministério do Trabalho prorrogou 23 adesões ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE). Segundo o ministério, 13 empresas fizeram 36 solicitações de prorrogação, das quais 23 já foram autorizadas - seis empresas do setor automotivo, cinco do setor fabril e duas do setor metalúrgico.
Entre os grupos que tiveram a prorrogação autorizada estão a Rassini NHK Peças, a Grammer do Brasil e a Mercedes-Benz, que estão entre os primeiros a solicitar a adesão ao PPE, em agosto do ano passado. Também foram atendidos os pedidos de prorrogação das fábricas da Volkswagen em São Bernardo do Campo, São Carlos e Taubaté, em São Paulo; e em São José dos Pinhais, no Paraná.
De acordo com a pasta, desde a implantação do PPE, em julho de 2015, o setor fabril concentra o maior número de solicitações de adesão, com 72 pedidos; seguido do automobilístico, com 26. Ao todo, 151 empresas solicitaram a adesão ao PPE. Dessas, 111 tiveram o termo de adesão ao programa confirmado, e outras 40 estão em análise.
"Já são 55.995 trabalhadores que tiveram seus empregos preservados pelo programa, um investimento de R$ 153,3 milhões em recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT)", informa o ministério em nota. "Se todas conseguirem obter o termo, o total de recursos alcançará
R$ 160,4 milhões e 60.018 trabalhadores", acrescenta.
A adesão ao programa permite às empresas reduzir a jornada de trabalho dos funcionários em até 30%, com uma complementação de 50% da perda salarial pelo FAT, limitada a 65% do maior benefício do seguro-desemprego. A empresa mantém o recolhimento dos encargos sociais, impostos e FGTS. Enquanto durar o Termo de Adesão, os empregadores não podem demitir funcionários.
O Ministério do Trabalho explica que, para solicitar a renovação do programa, as empresas devem respeitar o período de vigência do acordo coletivo com os trabalhadores. O prazo de adesão ao PPE vai até o fim deste ano, e as empresas podem participar do programa por um prazo de seis a 12 meses.
 

Anfavea defende a flexibilidade do Programa de Proteção ao Emprego

As montadoras instaladas no Brasil pretendem convencer o governo a tornar mais flexível o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), afirmou ontem o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale. Hoje, 21 mil funcionários de montadoras estão cadastrados no programa.
"O PPE precisa de mais flexibilidade, porque, em alguns momentos, como o de falta de peças, ele engessa um pouco, então estamos trabalhando junto ao governo para dar mais flexibilidade a esse instrumento e fazer frente aos momentos difíceis", disse Megale.
O presidente da Anfavea não deu detalhes de quais sugestões a entidade pretende dar ao governo. Ele reiterou, porém, que considera o PPE uma iniciativa importante e que deveria estar sempre disponível para as empresas. O programa foi aprovado pelo Congresso de forma provisória, e quem tiver interesse em aderir só poderá fazê-lo até o fim deste ano. Algumas das empresas do setor, no entanto, já cogitam não utilizá-lo mais.
Megale disse ainda que começou, há duas semanas, a participar de conversas com o governo para a elaboração de uma nova política industrial. Embora também não tenha dado detalhes quanto a isso, ele reforçou que sua principal reivindicação é o aumento da previsibilidade dos negócios. Ele também elogiou o esforço do governo em adotar medidas fiscais, mas disse que, antes de tudo, é preciso haver uma estabilização do ambiente político, para que as medidas econômicas sejam ampliadas.

Recuperações judiciais no segmento de autopeças batem recorde

Com a queda na produção das montadoras no Brasil, a indústria de autopeças bateu recorde no número de pedidos de recuperação judicial, informou ontem o presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), Dan Ioschpe, durante evento do setor automotivo em São Paulo. Segundo ele, são 26 pedidos feitos desde janeiro, o maior nível já registrado nos primeiros cinco meses do ano. Em todo o ano passado, foram 28 solicitações.
Este movimento deve se arrefecer na virada de 2016 para 2017, disse o executivo, que aposta em uma melhora da confiança dos agentes econômicos ao longo deste ano e um aumento da demanda no ano que vem. De acordo com projeção do Sindipeças, o faturamento nominal do segmento deve ter alta de 2,7% em 2017, depois de uma queda de 4,9% em 2016.
A recuperação, acrescentou o executivo, está condicionada à adoção de medidas que controlem os gastos públicos do governo e, em seguida, estimulem a demanda. "Se não tivermos grandes erros daqui para frente, é provável que isso aconteça", disse. Ele evitou, no entanto, comentar a possível volta da presidente afastada Dilma Rousseff. Limitou-se a dizer que, independentemente de quem seja o governante, qualquer alteração da atual política macroeconômica seria um "desastre".
Para Ioschpe, o controle do gasto público, o cuidado com a inflação e o ajuste da Previdência são suficientes para o início da retomada, mas o País só teria um crescimento significativo do PIB com a adoção de outras medidas, como a alteração de leis de trabalhistas e tributárias. "Como estas medidas não se darão no curtíssimo prazo, estamos sendo conservadores", disse. Segundo ele, o auge atingido pelo segmento em 2013 só deverá ser retomado em 2023 ou 2024.