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Economia

- Publicada em 12 de Junho de 2016 às 20:25

Planos de saúde individuais sobem acima da inflação

 Ronda pelas emergências de Porto Alegre para averiguar a situação da gripe H1N1.    na foto: Emergência do Hospital São Lucas da Puc

Ronda pelas emergências de Porto Alegre para averiguar a situação da gripe H1N1. na foto: Emergência do Hospital São Lucas da Puc


MARCO QUINTANA/JC
Em meio ao aumento do desemprego e da elevação do custo de vida, os gastos com saúde estão fazendo peso extra no orçamento do brasileiro. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) autorizou, na semana passada, um reajuste de até 13,57% nos planos de saúde individuais, a oitava alta seguida acima da inflação. Paralelamente, os remédios subiram 9,55% nos últimos dois meses, resultado do reajuste autorizado de até 12,5% em vigor desde abril.
Em meio ao aumento do desemprego e da elevação do custo de vida, os gastos com saúde estão fazendo peso extra no orçamento do brasileiro. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) autorizou, na semana passada, um reajuste de até 13,57% nos planos de saúde individuais, a oitava alta seguida acima da inflação. Paralelamente, os remédios subiram 9,55% nos últimos dois meses, resultado do reajuste autorizado de até 12,5% em vigor desde abril.
"Os preços dos planos de saúde estão subindo acima do custo de vida do consumidor. Isso mostra que é necessário que a ANS passe a regular todos os tipos e não só os individuais", opina Joana Cruz, pesquisadora em saúde suplementar do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Apesar das queixas dos órgãos de defesa do consumidor, o reajuste está dentro das normas. A ANS determina teto para o reajuste dos planos individuais com base na média das altas aplicadas nos coletivos, que têm livre negociação de preço.
Qualquer que seja o tipo do plano, a escalada do custo de vida está forçando os brasileiros a rever os gastos nessa área. Em um ano, do primeiro trimestre de 2015 ao mesmo período deste ano, 1,3 milhão de consumidores abandonaram a saúde suplementar. Dois terços (ou 887 mil) eram clientes de planos empresariais, uma indicação de que o aumento dos custos pune principalmente os desempregados. Os planos individuais ou familiares também encolheram: 224 mil saíram de circulação, ou quase 17% dos cancelamentos.
"A precificação dos planos de saúde deveria ser melhor. Um cliente com histórico saudável e que faz exercícios físicos, por exemplo, poderia pagar menos pelos planos de saúde", afirma Renata Vilhena Silva, especializada em direito à saúde do escritório Vilhena Silva. "As regras estabelecidas pela ANS tornaram esse produto pouco interessante às empresas e a oferta desapareceu", diz Luiz Augusto Carneiro, superintendente do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), ligado às operadoras. Nos cálculos da entidade, os reajustes não compensam a escalada de custos do setor. Em 2015, o índice de custos médico-hospitalares subiu 19,3%, ante uma inflação de 10,67%.
 
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