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Economia

- Publicada em 09 de Junho de 2016 às 19:00

Gerdau vê exportação como único caminho para o setor do aço no curto prazo

 Matéria Siderurgia - Linha de produção - Bobinas - Gerdau - divulgação jc

Matéria Siderurgia - Linha de produção - Bobinas - Gerdau - divulgação jc


GERDAU/DIVULGAÇÃO/JC
O diretor-presidente da Gerdau, André Gerdau Johannpeter, avalia que o setor de aço no Brasil está em crise por causa de uma combinação de fatores externos, ligados principalmente à China, e de questões internas, onde se verifica uma forte queda no consumo de aço.
O diretor-presidente da Gerdau, André Gerdau Johannpeter, avalia que o setor de aço no Brasil está em crise por causa de uma combinação de fatores externos, ligados principalmente à China, e de questões internas, onde se verifica uma forte queda no consumo de aço.
Para o executivo, o único caminho para o setor no curto prazo é a exportação. "O problema de sobrecapacidade da China veio para ficar, e é difícil saber quantos anos irá durar", disse o executivo, durante participação no 27º Congresso do Aço, em São Paulo. "No Brasil, a queda no consumo é dramática. E essa conjunção de fatores coloca o futuro do setor numa posição muito difícil."
Segundo Gerdau, é necessário enfrentar esse cenário de crise com iniciativas tanto no curto prazo quanto no médio e longo prazos. "No curto prazo, o único caminho é a exportação. O setor está buscando alternativas, como o Reintegra, para ajudar as exportações", disse.
Para o diretor-presidente da Gerdau, no médio e longo prazos, é necessário buscar o aumento da competitividade estrutural do setor. "Isso passa por juros e tributos, por exemplo, mas também há um trabalho interno a ser feito, as empresas precisam reagir", ponderou, afirmando que a Gerdau tem passado por uma revisão de seu modelo de gestão e uma modernização de sua cultura empresarial. "Também é necessária uma revisão dos locais onde vamos operar e onde teremos mais retorno."
O diretor-presidente da Usiminas e conselheiro do Instituto Aço Brasil (IABr), Sérgio Leite, acredita que o foco da indústria siderúrgica nacional será de "sobrevivência" nos próximos anos, em meio à crise econômica nacional, que reduziu a demanda por aço, além das dificuldades de exportação diante do excesso de oferta no mercado internacional.
"A estratégia para os próximos três a cinco anos é de sobrevivência da indústria brasileira", frisou durante debate. Segundo o executivo, a estratégia do setor, reunido sob o instituto, passa pelos esforços para se reduzir o excesso de capacidade instalada no mercado internacional e rejeição do reconhecimento da China como economia de mercado - situação que atrapalharia a adoção de medidas contra a concorrência desleal do aço chinês, subsidiado pelo governo. "No Brasil, devemos trabalhar para tornar o produto mais competitivo no mercado internacional. Neste momento, o mercado que se apresenta para nós é o externo", ressaltou.
Leite acrescentou que a indústria siderúrgica deve trabalhar de forma organizada para rediscutir taxa de juros dos financiamentos e tributação ao setor. O executivo observou que a indústria de transformação tem perdido participação dentro do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Atualmente, sua fatia está em cerca de 9% e possui viés de queda, apontou Leite.
O executivo defendeu que as empresas façam esforços internos para buscar inovação e oferecer aos clientes produtos e serviços com maior valor agregado, de forma a garantir sua perpetuidade no mercado interno.
 
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