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Economia

- Publicada em 05 de Junho de 2016 às 21:46

Indústria deve ter consumo negativo de energia no ano

Deitos projeta retomada em 2017

Deitos projeta retomada em 2017


ANTONIO PAZ/JC
Jefferson Klein
Um dos melhores termômetros da economia, o volume de energia utilizado pela indústria, ainda continua apontando para dificuldades. Apesar de o Brasil ter registrado uma alta de 1,4% no consumo de energia elétrica no mês de abril, em relação ao mesmo período do ano passado, o desempenho foi alavancado pelos segmentos residencial e comercial. O coordenador do grupo temático de energia da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Edilson Deitos, projeta consumo negativo para o setor industrial até o final deste ano.
Um dos melhores termômetros da economia, o volume de energia utilizado pela indústria, ainda continua apontando para dificuldades. Apesar de o Brasil ter registrado uma alta de 1,4% no consumo de energia elétrica no mês de abril, em relação ao mesmo período do ano passado, o desempenho foi alavancado pelos segmentos residencial e comercial. O coordenador do grupo temático de energia da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Edilson Deitos, projeta consumo negativo para o setor industrial até o final deste ano.
Conforme dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a elevação de 1,4% é o primeiro avanço desde fevereiro de 2015. A classe residencial teve um incremento de 7,5%; e a comercial, de 1,7%. Já a industrial seguiu em queda, de 4,8%, porém mais suave do que as observadas anteriormente. A retração de abril não foi tão intensa quanto as registradas nos dois últimos trimestres (média de -7,6%).
O coordenador do grupo temático de energia da Fiergs reforça que um crescimento no consumo industrial de energia somente deverá ocorrer a partir de 2017 e salienta que a atividade industrial, atualmente, continua frágil. Apesar desse cenário, Deitos lembra que há segmentos que têm apresentado aumento do consumo de energia, como, por exemplo, papel e celulose, bebidas e alimentos. Por outro lado, veículos e químicos têm caído de rendimento.
O empresário comenta que uma preocupação da Fiergs é quanto à capacidade do abastecimento de eletricidade, no momento em que houver a retomada da economia. Deitos frisa que os cronogramas das obras de distribuição de energia precisam ser cumpridos, assim como é essencial manter os investimentos em novas usinas. "Caso contrário, podemos voltar a um ciclo de falta de energia ou a preços exorbitantes."
O diretor da Siclo Consultoria em Energia Paulo Milano argumenta que é necessário haver uma maior movimentação econômica para que mais produtos sejam fabricados e ofertados no mercado, para aumentar o uso de energia na área industrial. "E isso, às vezes, leva meses ou anos para recuperar, e a última a sentir essa recuperação será a indústria", projeta.
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