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Colunas#De salto alto

varejo

- Publicada em 27 de Junho de 2016 às 16:21

A moda como negócio

Taisa Bornhofen, diretora comercial da Posthaus.com, Andrea Bisker, cientista social e sócia da Sparkoff, e Ana Luiza Ferrão, diretora da Lojas Gang

Taisa Bornhofen, diretora comercial da Posthaus.com, Andrea Bisker, cientista social e sócia da Sparkoff, e Ana Luiza Ferrão, diretora da Lojas Gang


GILES CAMARGO/DIVULGAÇÃO/JC
A economia colaborativa está em crescimento na mesma proporção que surgem novas plataformas de divulgação do varejo. As marcas precisam vender comportamento, e a relação com o trabalho mudou completamente. Para discutir as inovações no mundo fashion, a Câmara dos Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL-POA) realizou o Zoom do Varejo, A Moda como Negócio, com participação de Andrea Bisker, sócia da Sparkoff; Taisa Bornhofen, diretora comercial da Posthaus.com; Ana Luiza Ferrão, diretora da Lojas Gang; e Élio Silva, vice-presidente de Operações e Marketing da C&A no Brasil.
A economia colaborativa está em crescimento na mesma proporção que surgem novas plataformas de divulgação do varejo. As marcas precisam vender comportamento, e a relação com o trabalho mudou completamente. Para discutir as inovações no mundo fashion, a Câmara dos Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL-POA) realizou o Zoom do Varejo, A Moda como Negócio, com participação de Andrea Bisker, sócia da Sparkoff; Taisa Bornhofen, diretora comercial da Posthaus.com; Ana Luiza Ferrão, diretora da Lojas Gang; e Élio Silva, vice-presidente de Operações e Marketing da C&A no Brasil.
Entre as grandes mudanças, os especialistas ressaltaram o sistema "see now, buy now", ou "veja agora, compre agora". As mudanças climáticas também trazem consequências no universo fashion, como o "seasonless", ou "sem estação", no qual muitas grifes deixam de apresentar coleções separadas por outono/inverno e primavera/verão. Ainda, o "genderless", ou estilo unissex, no qual os estilistas apresentam o feminino e o masculino nos mesmos desfiles. Para Alcides Debus, presidente da CDL-POA, é preciso prestar muita atenção no consumidor. "A relação de consumo está descomplicada", avalia o dirigente, que abriu a manhã de debates.

Vida com propósito

"As certezas envelhecem. Não tem problema olharmos para os nossos valores e avaliarmos o que deve permanecer conosco. Nossos avós viveram uma época de mudanças, e nós estamos vivendo uma mudança de época", avalia Andrea Bisker, sócia da Sparkoff, empresa que transita nas áreas de conteúdo, tendências e inovação em moda. Ela ressalta as mudanças que surgiram com a revolução digital, desde a forma como trabalhamos até como educamos nossos filhos. "Os jovens querem estar em todos os lugares. A relação com o trabalho mudou completamente. E como criar um ambiente favorável para manter os talentos dentro da empresa? Precisamos pensar em novas formas de trabalhar e viver", diz Andrea.
Como consequência deste novo tempo, ela ressalta a diminuição do consumo e o crescimento do envolvimento com a sustentabilidade. "A economia colaborativa talvez seja a grande revolução social. De um lado, a escassez de recursos, de outro, a abundância de informações." No mesmo caminho, a moda mais lenta, com o "slow fashion", e as pessoas mais preocupadas com seus propósitos de vida. "Passamos por uma revolução afetiva do ter para o ser. Não é o amor sem lucro, mas com engajamento de apoio à economia", ressalta Andrea.

Indústria fashion em evidência

"Vivemos o novo tempo da moda, nada é como antes", diz Taisa Bornhofen, diretora comercial da Posthaus. A empresa é um dos três maiores portais de venda de moda via e-commerce. Segundo ela, a indústria da moda cresce mais rápido do que a tecnologia. Como exemplo, cita o faturamento do e-commerce brasileiro em 2015, que cresceu 15%. A previsão para este ano é de um aumento de 8%, R$ 44 bilhões.
"Mesmo com a retração econômica, os números do e-commerce foram positivos. Datas pontuais mostram isso, como o Dia do Consumidor, que teve crescimento de 12%", afirma. No Brasil, as vendas on-line representam 3% do varejo e têm muito mercado para crescer. "Precisamos estar preparados para o mobile, que representa 12% das vendas on-line. O que fazer? Buscar inovação, business intelligence, equipe treinada, criatividade, marketing digital alinhado e atendimento impecável", resume a executiva.

Gang do bem

A Lojas Gang, empresa familiar que nasceu em 1976, em Porto Alegre, foi adquirida, em 2013, pelo Grupo Lins Ferrão, que detém também a Pompéia. A marca passou por um processo de reposicionamento, liderado pela diretora Ana Luiza Ferrão.
"A complementaridade dos públicos e a força da marca Gang foram um bom negócio. Traçamos estratégias bem definidas, com planejamento para entendermos o negócio, valorização da equipe, profissionalização e revisão de processos e ampliação do público-alvo", explica Ana Luiza.
Com 38 lojas no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, além de revendedores e o e-commerce, que é muito forte, a grife teve um crescimento de 200% em 2014. "Lançamos duas novas linhas, uma de cosméticos e outra de festas. Nós vendemos comportamento, a moda como informação", ressalta a executiva.