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Porto Alegre, quinta-feira, 23 de junho de 2016. Atualizado �s 18h30.

Jornal do Com�rcio

Panorama

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dan�a

Not�cia da edi��o impressa de 22/06/2016. Alterada em 23/06 �s 18h30min

Grupo Corpo realiza duas apresenta��es no Teatro do Sesi

Com 40 anos de palco, Grupo Corpo apresenta em Porto Alegre Dança Sinfônica

Com 40 anos de palco, Grupo Corpo apresenta em Porto Alegre Dan�a Sinf�nica


JOS� LUIZ PEDERNEIRAS /DIVULGA��O/JC
Michele Rolim
Um dos grupos mais reconhecidos da dança contemporânea brasileira, o mineiro Corpo volta novamente a Porto Alegre para apresentar a sua mais recente coreografia, Dança sinfônica. O espetáculo foi concebido para a celebração dos 40 anos de atividade da companhia, comemorados ano passado. A montagem faz duas sessões: sábado, às 21h, e domingo, às 19h, no Teatro do Sesi (Assis Brasil, 8.787).
"A ideia era olhar para o passado e o futuro ao mesmo tempo", diz o coreógrafo Rodrigo Pederneiras, que, ao lado do irmão, o diretor artístico do grupo Paulo Pederneiras, está à frente do Corpo. Segundo Rodrigo, a montagem faz homenagens a várias pessoas que passaram pelo grupo e ajudaram a formar o que hoje é o Corpo.
Uma delas é para a bailarina Silvia Gaspar, que trabalha há cerca de 15 anos com o Corpo e viveu uma tragédia com sua segunda filha, Joana. Quando ela estava com um ano e dois meses, foi diagnosticada com câncer e morreu. Ela viveu seu primeiro e único ano de vida nos bastidores da companhia. A convite do grupo, voltou a atuar em Dança sinfônica - Silvia faz um duo com Edimárcio Júnior de Jesus, o bailarino mais novo da companhia, propondo um encontro entre diferentes gerações.
Também há pequenas cenas das obras de repertório do grupo acompanhadas de antigas ideias coreográficas que saíram da gaveta sob novas perspectivas. "Para mim, foi uma das peças mais emotivas que realizei, e é muito gostoso ter conseguido fazer", conta Rodrigo Pederneiras.
Além da coreografia, a memória também é revisitada pela música. A trilha de Marco Antônio Guimarães - cinco vezes colaborador na criação de balés históricos da companhia, entre eles 21 (1992) e Bach (1996) - apresenta um conjunto de temas interpretados pela Orquestra Filarmônica de Minas Gerais entremeados pelo som singular do Uakti (grupo brasileiro de música instrumental), muitos deles evocando trechos memoráveis de trabalhos anteriores.
O cenário é assinado por Paulo Pederneiras e também remete à memória. Ao fundo do palco há um painel com mais de mil lembranças e homenagens. São fotografias do cotidiano de artistas e técnicos - bailarinos, maîtres de balé, produtores, professores, cenotécnicos, iluminadores, camareiros do Grupo Corpo. Não há uma foto de cena sequer - todas as imagens são informais, flagrantes espontâneos que registram ensaios, viagens, bastidores, aulas - retratos íntimos dos 40 anos de convivência.
O start profissional do grupo começou com o espetáculo Maria Maria, com música de Milton Nascimento, roteiro de Fernando Brant e coreografia de Oscar Araiz - em 1976, um ano após a fundação do Corpo. "Quando começamos, existia uma disputa entre a dança moderna e a dança clássica e, no Brasil, não existia um público para dança. Ajudamos a formar esse público e a ampliar a visão da dança ao lado de companhias como o Ballet Stagium", avalia Rodrigo.
Atualmente, o Grupo Corpo viaja com 32 pessoas, sendo 21 delas bailarinos todos com formação clássica. O programa se completa com Parabelo (1997), coreografia assinada por Rodrigo Pederneiras com inspiração sertaneja e músicas de Tom Zé e José Miguel Wisnik. Este é o trabalho do repertório do Grupo Corpo, segundo Rodrigo, mais requisitado no exterior por ser a mais brasileira e regional de suas criações.
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