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- Publicada em 06 de Junho de 2016 às 12:49

Universidades muito além da sala de aula

Liane destaca a importância de receber outros segmentos sociais no evento

Liane destaca a importância de receber outros segmentos sociais no evento


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Nicole Feijó
Inclusão de refugiados, autonomia dos idosos e direito dos homossexuais: temas diferentes entre si, mas unidos quando o assunto é responsabilidade social. Essa é a proposta do II Encontro do Observatório de Responsabilidade Social das Universidades Brasileiras, sediado na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (Ufcspa). O evento é realizado pelo Observatório de Responsabilidade Social das Universidades Brasileiras (Orsub), e o Observatório Regional de Responsabilidade Social para América Latina e Caribe (Orsalc), filiado ao Instituto Internacional da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) para a Educação Superior na América Latina e Caribe (Iesalc).
Inclusão de refugiados, autonomia dos idosos e direito dos homossexuais: temas diferentes entre si, mas unidos quando o assunto é responsabilidade social. Essa é a proposta do II Encontro do Observatório de Responsabilidade Social das Universidades Brasileiras, sediado na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (Ufcspa). O evento é realizado pelo Observatório de Responsabilidade Social das Universidades Brasileiras (Orsub), e o Observatório Regional de Responsabilidade Social para América Latina e Caribe (Orsalc), filiado ao Instituto Internacional da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) para a Educação Superior na América Latina e Caribe (Iesalc).
Promover uma reflexão sobre a responsabilidade social universitária faz parte dos objetivos, e no foco do trabalho estão as instituições de Ensino Superior brasileiras e suas colaborações em territórios e comunidades próximas. A ideia dos encontros, que acontecem anualmente em diversos países, é compartilhar ações desenvolvidas dentro do meio acadêmico. A estreia do evento no Brasil ocorreu no ano passado, também na universidade da capital gaúcha. Neste segundo encontro, além de contar com a presença de representantes de universidades do Interior do Estado e alunos, a coordenadora do Setor Educação Unesco de Brasília, Maria Rebeca Otero Gomes, também participou e apresentou formas e possibilidades de atuação da Unesco ao lado das universidades.
Liane Rotta, professora, coordenadora do Orsub e organizadora do evento, destaca a importância de receber outros segmentos sociais para discutir e pensar a respeito da responsabilidade social. Para ela, realizar um evento como este também é papel da universidade: "Entendemos que o tema não tem um conceito totalmente estabelecido e evolui de acordo com as demandas da sociedade". Liane complementa que falta a organização das ações realizadas e que as universidades desenvolvem projetos ricos, mas que dependem de vários aspectos como maturidade institucional, apoio pela alta administração, parceria estabelecida com a sociedade e capacitação interna.
Miriam da Costa Oliveira, reitora da Ufcspa, chama a atenção para a contribuição do encontro na coleta de dados e trabalho em rede. A reitora ressalta que isso permite que as pessoas conversem sobre os temas, procurem soluções e se ajudem a fim de obterem resultados favoráveis com os projetos que constroem. Fazendo um panorama das ações das universidades brasileiras, ela considera que não é suficiente levar até as comunidades ações boas e bonitas que foram pensadas e elaboradas apenas dentro das paredes da universidade. "É um grande equívoco as pessoas não consultarem o que a comunidade quer e precisa para construir os trabalhos de extensão." 
Professores, reitores, representantes e alunos estavam presentes no evento. Dentre eles, a advogada e aluna de mestrado da Ufrgs Larissa de Oliveira. Apesar da profissão um pouco distante, sempre esteve interessada na área acadêmica. "Acho que lecionar é estar envolvido com a responsabilidade social e passar conhecimento." Além da profissão e o interesse pela educação, ela desenvolve trabalho voluntário na Vila Jardim, em Porto Alegre, onde leciona aulas de inglês para pré-adolescentes, entre 12 e 15 anos.
Para Humberto Grimaldo, coordenador do Orsalc, a verdadeira responsabilidade social tem a ver com as plataformas éticas das instituições, bom governo, transparência, equivalência de gêneros, cultura juvenil e tratamento de lixo e resíduos. "A Unesco está empenhada em repensar a educação e buscar um caminho em que as populações vulneráveis não sejam consideradas objetos de estudos, mas sim pessoas", explica. Grimaldo acrescenta que, para a responsabilidade acadêmica com a sociedade não acabar apenas no discurso, deve ser territorial e agir através da preocupação com o espaço que ocupa na cidade, com menos impactos e mais efeitos sistêmicos para que a população cresça. O Orsalc, junto à Unesco, trabalha com cerca de 3.400 instituições, sendo elas governos, universidades e organizações da sociedade civil, de forma a contribuir e incentivar um futuro melhor via desenvolvimento sociocultural e econômico.
O segundo encontro contou com presença de representantes da Assembleia Legislativa (AL) e de Maria Helena Sartori, responsável pela Secretaria de Justiça e Direitos Humanos. Uma das atrações incluídas foi o Prêmio de Responsabilidade Social da AL, que busca identificar instituições, organizações e empresas que possuem práticas comprovadas e bem-estabelecidas de responsabilidade. Neste ano, 158 pessoas participaram do evento que aconteceu durante os dias 2 e 3 de junho.
A primeira parte foi constituída de palestras e discussões acerca de diferentes temas dentro da responsabilidade social. Considerando que nem todas as universidades do País poderiam enviar representantes, o segundo dia foi dedicado a um benchmarking transmitido através de uma plataforma para todas as instituições de ensino superior do Brasil interessadas em participar. O trabalho desenvolvido por Orsalc e Unesco é dividido por zonas de atividade na América Latina e Caribe.
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