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Novo Governo

- Publicada em 24 de Maio de 2016 às 18:40

'Estou homenageando a cultura', diz Michel Temer

 Posse de Marcelo Calero foi registrada de forma 'individualizada e especial'

Posse de Marcelo Calero foi registrada de forma 'individualizada e especial'


BETO BARATA/PR/JC
O presidente interino Michel Temer (PMDB) afirmou, na tarde desta terça-feira, que fatos equivocados em um dado momento podem gerar fatos positivos em outras ocasiões, e exemplificou a "posse individualizada" e "especial" do ministro da Cultura, Marcelo Calero. "Ao dar posse a Calero, estou homenageando a cultura nacional", disse. Segundo Temer, os demais ministros tomaram posse de maneira informal e, por isso, a posse de Calero estava sendo registrada de forma individualizada e especial.
O presidente interino Michel Temer (PMDB) afirmou, na tarde desta terça-feira, que fatos equivocados em um dado momento podem gerar fatos positivos em outras ocasiões, e exemplificou a "posse individualizada" e "especial" do ministro da Cultura, Marcelo Calero. "Ao dar posse a Calero, estou homenageando a cultura nacional", disse. Segundo Temer, os demais ministros tomaram posse de maneira informal e, por isso, a posse de Calero estava sendo registrada de forma individualizada e especial.
O diplomata e ex-secretário de Cultura do Rio de Janeiro havia sido anunciado secretário nacional da Cultura, mas, depois de pressões de artistas e servidores do setor, o presidente Temer decidiu voltar atrás e recriar a pasta da Cultura, e assim Calero foi alçado ao posto de ministro.
Logo no início de seu discurso, Michel Temer pediu aos presentes que aplaudissem o ex-presidente José Sarney, "já que foi ele o criador" do Ministério da Cultura. O presidente interino citou um trecho do discurso de Calero e disse que concordava com o fato de que "o partido da cultura é a própria cultura". "Ele disse muito bem: a cultura não é de ninguém, a cultura não é de nenhum partido, a cultura é nacional", afirmou o peemedebista.
Durante a solenidade, Michel Temer destacou ainda o perfil de diplomata de Calero e disse que, além de boas referências trazidas pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, a quem Calero seria subordinado em suas funções no Rio de Janeiro, a passagem do agora ministro pela Secretaria de Cultura do Rio foi considerada muito boa pelo setor estadual.
"Em sua gestão, ele conseguiu reunificar todo o setor cultural fluminense e deu-lhe um grande desempenho", disse. "O Marcelo (Calero) é diplomata e, como todo diplomata, é capaz de fazer uma coisa essencial para o Brasil hoje, que é justamente o diálogo."
O presidente interino também refez a promessa de quitar os débitos com o setor até o final em parcelas. "Há um déficit na Cultura de R$ 230 milhões, e vamos quitar esse déficit ainda neste ano", prometeu Temer.

'Partido da cultura é a cultura, não qualquer outro', afirmou Calero

Em seu discurso de posse, Marcelo Calero afirmou que sua gestão será marcada por um comportamento republicano e que o "partido da cultura é a cultura, não qualquer outro". "Estaremos sujeitos àquilo que a sociedade brasileira demanda, nunca a um projeto de poder", afirmou.
Calero disse que os artistas são trabalhadores que tecem os fios que desenvolvem a economia do País e que fazer gestão pública da cultura é ter presente, "antes de mais nada, a pluralidade brasileira".
O ministro afirmou ainda que zelará pelo fortalecimento institucional e, a despeito da situação financeira com dificuldade, agradeceu a Temer pela recriação da pasta. "Agradeço a Temer por devolver à cultura o espaço elevado à altura de suas atribuições", afirmou.
O ministro destacou que quer marcar sua gestão por um "amplo, franco e produtivo" diálogo com os mais diversos segmentos da cultura. "Um diálogo que não seja um fim em si mesmo, mas que resulte em melhorias efetivas. Serei o ministro do diálogo, da ampliação da participação social, da busca de soluções que sejam fruto do debate e do entendimento", acrescentou.
Calero fez uma série de citações em seu discurso, lembrou sua trajetória na secretaria e agradeceu a presença do ministro do Superior Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, que foi seu ex-professor.
Marcelo Calero era secretário municipal de Cultura do Rio de Janeiro e estava no cargo desde o ano passado. Ele tem 33 anos e ingressou na carreira diplomática em 2007. Em 2013, foi cedido à prefeitura do Rio para trabalhar na gestão do prefeito Eduardo Paes. No município, Calero comandou as comemorações dos 450 anos da capital fluminense.
O cineasta Cacá Diegues, que compareceu à cerimônia, disse que a posse de Calero era um reconhecimento da classe artística. Além de Cacá Diegues, poucos artistas compareceram à posse de Calero, como a atriz e diretora Carla Camurati e o ator Odilon Wagner.

Definida peemedebista Fátima Paes para assumir Secretaria das Mulheres

Criticado pela ausência de mulheres no primeiro escalão da gestão peemedebista, o presidente interino, Michel Temer, aceitou a sugestão da bancada feminina na Câmara dos Deputados e escolheu a ex-deputada federal Fátima Pelaes (PMDB-AP) para assumir a Secretaria das Mulheres, estrutura subordinada ao Ministério da Justiça.
Na semana passada, em reunião com parlamentares mulheres, o nome da presidente do núcleo feminino do PMDB foi oferecido ao presidente interino, que demonstrou disposição em aceitar a sugestão.
No encontro, o peemedebista disse ainda que pretende nomear uma mulher para o primeiro escalão na primeira reforma administrativa de uma eventual gestão definitiva à frente do Palácio do Planalto. Além de Fátima, o presidente interino escolheu o ex-diretor da Polícia Técnico-Científica de São Paulo Celso Perioli para o comando da Secretaria Nacional de Segurança Pública.
Na gestão do ministro Alexandre de Moraes (Justiça) como Secretário de Segurança de São Paulo, Perioli exerceu o cargo de coordenador do CICC (Centro Integrado de Comando e Controle de São Paulo). O ministro ainda não definiu os nomes que chefiarão as secretarias nacional de justiça, de discriminação racial e de pessoas com deficiência.