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Novo Governo

- Publicada em 19 de Maio de 2016 às 19:11

Temer vai nomear ministra 'mais à frente'

Michel Temer recebeu bancada feminina no Palácio do Planalto

Michel Temer recebeu bancada feminina no Palácio do Planalto


BETO BARATA/PR/JC
Em encontro com a bancada feminina da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira, o presidente interino Michel Temer (PMDB) manifestou intenção de nomear uma mulher para o primeiro escalão do governo na primeira reforma administrativa de uma eventual gestão definitiva à frente do Palácio do Planalto.
Em encontro com a bancada feminina da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira, o presidente interino Michel Temer (PMDB) manifestou intenção de nomear uma mulher para o primeiro escalão do governo na primeira reforma administrativa de uma eventual gestão definitiva à frente do Palácio do Planalto.
As deputadas pediram que Temer apoiasse uma mulher para um cargo de alto escalão na Câmara, como na presidência, vice-presidência ou liderança. "Nunca tivemos um momento como hoje, de sentarmos com o presidente da República e apresentarmos nossas demandas", disse Rosangela Gomes (PRB-RJ), que criticou a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) pela falta de locução. "A presidente em exercício teria essa função, e ela não o fez. Nós, da bancada feminina, hoje tivemos a esperança de, pela primeira vez, ter um diálogo direto e franco."
A despeito das críticas que a gestão de Temer vem sofrendo por falta de representatividade de mulheres - não há mulheres em seu ministério -, as deputadas que estiveram com o presidente interino contemporizaram e disseram que Michel Temer teve pouco tempo para montar o governo, e que os partidos só haviam indicado homens.
"O que aconteceu com a ausência de mulheres não foi exatamente uma falha do presidente Michel Temer, mas uma consequência de como a política brasileira vem sendo estruturada, e que os partidos indicaram homens", disse Mara Gabrilli (PSDB-SP), e complementou: "A gente sabe que o presidente Michel Temer se encontra em um governo de emergência, e ele precisa conseguir governar, e de acordo com o Congresso."
Na reunião, foi comentada a preocupação com a presidência da Câmara: Waldir Maranhão (PP-MA) substituiu Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afastado pelo Supremo Tribunal Federal, mas vem sendo alvo de críticas e pedidos para que renuncie.
Por isso, Temer fez um apelo para que a bancada feminina mantenha-se unida na defesa dos projetos do governo na Câmara e que evitem obstruções. Ele pediu empenho especial com a meta fiscal, para que ele não tenha de "fechar todas as torneiras".
"Eu coloquei para ele que, na mesa de decisão dos ministérios, é preciso ter uma mulher", disse a correligionária Josi Nunes (PMDB-TO).
O presidente interino pediu tempo e respondeu que está "formatando" a mudança, que acontecerá em uma próxima reforma ministerial. As deputadas também indicaram Fátima Pelaes, coordenadora do PMDB Mulher, para ocupar a Secretaria da Mulher, que será vinculada ao Ministério da Justiça.

Mulheres não querem ser 'fetiche decorativo', critica Dilma

A presidente afastada Dilma Rousseff (PT) e Juca Ferreira, ex-ministro da Cultura, disseram a internautas que as mulheres "não querem ser tratadas como um fetiche decorativo", em ataque à gestão interina de Michel Temer (PMDB), cujo desenho ministerial não previa mulheres na chefia. Nesta quinta-feira, em ação no Facebook, eles disseram também que o governo "provisório" quer "voltar ao passado autoritário" ao extinguir o Ministério da Cultura.
"Querido Luiz, acredito que as mulheres não querem ser tratadas como um fetiche decorativo", escreveram, em resposta ao internauta Luiz de Queiroz. Dilma e Juca completaram: "A razão das recusas está na qualidade da consciência de gênero que nós adquirimos durante todos esses anos de luta contra o preconceito".
A extinção e realocação do Ministério da Cultura foi duramente atacada: "Não é coincidência que a primeira medida do governo provisório seja a extinção do Ministério da Cultura. É como se eles quisessem voltar ao passado autoritário", dispararam, e disseram que a secretaria nacional de Cultura "não tem a capacidade de atender às demandas e necessidades culturais da população". Na quarta-feira, o secretário nacional de Cultura, Marcelo Calero, foi anunciado, e Temer disse que a Cultura no Brasil será "potencializada".

Entrevista de Dilma depois do impeachment é publicada

A primeira entrevista da presidente Dilma Rousseff (PT) após o afastamento do cargo foi publicada nesta quinta-feira pelo jornalista norte-americano Glenn Greenwald, cofundador do site The Intercept. Dilma reiterou que vai recorrer ao STF contra o impeachment e se referiu ao governo interino de Michel Temer (PMDB) como "ilegítimo" e "bastante conservador". O vídeo com a entrevista completa está no site do Jornal do Comércio.