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Política

- Publicada em 19 de Maio de 2016 às 18:04

'Supremo me afastou com objetivo oculto', diz Cunha

Eduardo Cunha faz sua defesa no Conselho de Ética

Eduardo Cunha faz sua defesa no Conselho de Ética


ANTONIO CRUZ/ABR/JC
Em sete horas de depoimento ao Conselho de Ética da Câmara, o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) voltou a negar, nesta quinta-feira, ser dono de contas e recursos fora do País e aproveitou a sua volta à Câmara para também se manifestar politicamente: criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que o afastou do comando da Casa e disse não ter indicado "um alfinete" para o governo do correligionário Michel Temer (PMDB).
Em sete horas de depoimento ao Conselho de Ética da Câmara, o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) voltou a negar, nesta quinta-feira, ser dono de contas e recursos fora do País e aproveitou a sua volta à Câmara para também se manifestar politicamente: criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que o afastou do comando da Casa e disse não ter indicado "um alfinete" para o governo do correligionário Michel Temer (PMDB).
Eduardo Cunha afirmou, ainda em depoimento ao colegiado, que se sente "injustiçado" pelo STF. "É óbvio que foi uma decisão construída para ter algum tipo de objetivo, que com o tempo se saberá qual é", afirmou Cunha, sem dar sua opinião sobre qual acha ser o objetivo.
Cunha citou que o próprio Supremo considerou a decisão "excepcionalíssima" e que, pela Constituição, a única medida cautelar possível contra um parlamentar é a prisão em flagrante.
O presidente afastado da Câmara ainda disse ser "estranho a celeridade e a seletividade" das investigações contra ele.
"É muito estranha a celeridade com relação a mim, quando, por exemplo, uma denúncia contra o presidente do Senado está há três anos sem ser apreciada pelo pleno (do Supremo)", disse.
A denúncia contra Renan Calheiros (PMDB-AL), por peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso, chegou a ficar pronta para ir ao plenário, mas foi retirada pelo relator, ministro Luiz Fachin.
Questionado se está se considerando alvo de uma conspiração, Cunha disse: "não vim aqui para fazer exposição de vitimação".
Cunha disse, no fim da tarde desta quinta-feira, que pretende voltar a frequentar a Câmara e despachar, a partir da próxima segunda-feira, de seu gabinete. "Eu estou suspenso do exercício do mandato e não de frequentar a Câmara. Vou frequentar meu gabinete pessoal. A partir de segunda-feira, vocês me encontram no gabinete 510", disse.
Questionado se poderia frequentar seu gabinete, o peemedebista afirmou que está suspenso do exercício do mandato, e não do mandato.
Indagado sobre a possibilidade de Cunha voltar a frequentar a Câmara, o presidente do Conselho de Ética, deputado José Carlos Araújo (PR-BA), se surpreendeu com a informação: "Quem afastou Eduardo Cunha foi o Supremo Tribunal Federal, e não o Conselho de Ética. Cabe aos ministros analisar se isso é uma afronta à decisão ou não".
Cunha retornou à Câmara nesta quinta, 15 dias depois do afastamento, para prestar depoimento no processo de cassação do qual é alvo ao Conselho de Ética. Ele é acusado de mentir durante a CPI da Petrobras. Na ocasião, ele disse que tem contas além daquelas que constam na sua declaração de Imposto de Renda.
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