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Política

- Publicada em 12 de Maio de 2016 às 18:49

Dilma afirma que lutará até o fim contra impeachment

 Brazil's suspended President Dilma Rousseff speaks to supporters in front of the Planalto Palace in Brasilia on May 12, 2016. Rousseff said Thursday that democracy and the constitution are at stake after she was forced to face an impeachment trial in the Senate and cede power to vice president Michel Temer.  / AFP PHOTO / Andressa Anholete

Brazil's suspended President Dilma Rousseff speaks to supporters in front of the Planalto Palace in Brasilia on May 12, 2016. Rousseff said Thursday that democracy and the constitution are at stake after she was forced to face an impeachment trial in the Senate and cede power to vice president Michel Temer. / AFP PHOTO / Andressa Anholete


ANDRESSA ANHOLETE/AFP/JC
Numa fala emocionada e ao lado dos ministros de seu governo, a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) afirmou que a abertura do processo de impeachment no Senado, nesta quinta-feira, ameaça levar a democracia e as conquistas que a população alcançou nas últimas décadas. "Tenho sido uma fiadora zelosa do Estado Democrático de Direito", disse.
Numa fala emocionada e ao lado dos ministros de seu governo, a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) afirmou que a abertura do processo de impeachment no Senado, nesta quinta-feira, ameaça levar a democracia e as conquistas que a população alcançou nas últimas décadas. "Tenho sido uma fiadora zelosa do Estado Democrático de Direito", disse.
A presidente se dirigiu à população e afirmou que "o golpe não visa apenas a destituir uma presidente eleita pelo voto", mas a "impedir a execução do programa que foi escolhido pelos votos majoritários dos 54 milhões de brasileiros". "O maior risco para o País neste momento é ser dirigido por um governo sem voto, que não foi eleito pelo voto direto. Um governo que não terá a legitimidade para propor e implementar soluções para os desafios do Brasil e que pode se ver tentado a reprimir os que protestam contra ele", disse.
Dilma lembrou que, durante as manifestações populares, seu governo não cometeu nenhum ato contra manifestantes de qualquer posição política. A presidente afirmou que exerceu seu mandato de forma digna e honesta e que honrou os votos que recebeu. "Em nome desses votos, vou lutar com todos os instrumentos legais de que disponho para exercer meu mandato até o fim, até 31 de dezembro de 2018."
Emocionada, Dilma afirmou que, no espelho, "o mais importante é que pode ver a face de alguém que, mesmo marcada pelo tempo, tem força para defender suas ideias e seus direitos". "Nunca imaginei que seria necessário lutar de novo contra um golpe no meu País, nossa democracia é jovem, feita de lutas, sacrifícios e mortes, não merece isso", disse.
A presidente afastada pediu que os que são a favor de seu governo continuem lutando. "A luta pela democracia não tem data para terminar. É longa e pode ser vencida, e nós vamos vencer", disse, antes de fazer um chamado para que todos "mantenham-se mobilizados, unidos e em paz".
Ao lado de ministros, a presidente afirmou que "a história é feita de luta, e sempre vale a pena lutar pela democracia". "A democracia é o lado certo da história. Jamais vamos desistir, jamais vou desistir de lutar", finalizou.
Do lado de fora do Planalto, Dilma disse que esse é um dia muito triste. "Vivemos uma hora triste para a democracia brasileira. A jovem democracia brasileira está sendo vítima de um golpe daqueles que perderam as eleições e tentam agora chegar ao poder", afirmou.
Enquanto se preparava para falar à militância, Dilma perguntou a assessores "onde está o Lula?". O ex-presidente se posicionou atrás da presidente afastada enquanto ela falava, mas não discursou.
A petista repetiu os termos do pronunciamento feito minutos antes dentro do Palácio do Planalto. Ela afirmou que tem orgulho de ter sido a primeira mulher a ser eleita para o cargo de presidente e argumentou que os atos pelos quais está sendo afastada eram "corriqueiros" de outros governos. "Este golpe está baseado em razões levianas e injustificáveis", afirmou.
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