Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 05 de Maio de 2016 às 22:06

'Saída de Cunha ajuda a construir nova realidade'

Governador José Ivo Sartori espera retomada econômica no País

Governador José Ivo Sartori espera retomada econômica no País


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Correligionário de Eduardo Cunha, o governador José Ivo Sartori (PMDB) avalia que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de afastar o presidente da Câmara dos Deputados ajuda a construir uma nova realidade política para o País. Embora reconheça que Cunha fez a "Câmara andar, votar e trabalhar", Sartori diz que a punição ao peemedebista já era esperada. Em entrevista exclusiva ao Jornal do Comércio, nesta quinta-feira, no Palácio Piratini, o governador ainda comentou o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Não quis dizer se é contra ou a favor, mas afirmou que a tendência é mesmo que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assuma. Sartori prega união no País e demonstra esperança de retomada do crescimento econômico.
Correligionário de Eduardo Cunha, o governador José Ivo Sartori (PMDB) avalia que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de afastar o presidente da Câmara dos Deputados ajuda a construir uma nova realidade política para o País. Embora reconheça que Cunha fez a "Câmara andar, votar e trabalhar", Sartori diz que a punição ao peemedebista já era esperada. Em entrevista exclusiva ao Jornal do Comércio, nesta quinta-feira, no Palácio Piratini, o governador ainda comentou o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Não quis dizer se é contra ou a favor, mas afirmou que a tendência é mesmo que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assuma. Sartori prega união no País e demonstra esperança de retomada do crescimento econômico.
Jornal do Comércio - Qual é a sua avaliação sobre a decisão do STF de afastar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha?
José Ivo Sartori - Era mais ou menos previsto que isso iria ocorrer. Se o STF tomou uma decisão dessa natureza, é porque está embasado. Isso também ajuda a construir uma nova realidade política, que todo mundo deseja. Eram conhecidas já as denúncias e, portanto, o mundo da política, a sociedade, a rua, o País, de certa forma, esperavam essa decisão. É uma pena que isso (afastamento de Cunha) não tenha sido feito pelo Congresso ou pela própria Câmara dos Deputados. Isso retira uma capacidade da organização política, no caso da Câmara, que poderia tê-lo feito. Embora também se tenha que reconhecer que ele conduziu uma mudança de comportamento, realmente presidia a Câmara. Fazia andar, votar e trabalhar, mas isso não impede que seja penalizado pelos equívocos cometidos.
JC - Isso pode prejudicar o PMDB, agora que o partido pode assumir a presidência?
Sartori - Olha, todo mundo ficou muito igual na política desse País. Os partidos têm pouco peso, embora eu respeite e ache que são muito importantes para a vida democrática. Mas devem ter programa, definição. Chegou a hora de rever certas situações, é um período que a gente vai ter que passar. A honestidade, a seriedade, a responsabilidade de fazer as coisas direito, um dia, têm que ter espaço.
JC - Qual a sua posição sobre o impeachment? Contra ou a favor da saída da presidente?
Sartori - Nunca me manifestei, por uma questão de coerência. Se tivesse que votar, saberia o que fazer. Como não voto, não acrescentaria nada eu dizer que sou a favor ou contra, embora a realidade indique que vá acontecer o impedimento da presidente.
JC - Mas o PMDB é a favor do impeachment...
Sartori - É, mas nem todo. Agora, esse negócio de "nós contra eles" e "eles contra nós" não é coisa que dá certo no País. Então, não é porque um é de um lado e outro é do outro que a gente não tenha que considerar que a caminhada deve ser coletiva, com unidade, para saber que futuro queremos para o País. Essa questão de "nós contra eles" um dia vai ser superada para o bem da vida democrática.
JC - E essa possível mudança no governo federal, como afeta o governo do Estado?
Sartori - As relações são normais hoje, vão ser normais amanhã, vai continuar da mesma forma. Agora, tem uma esperança no ar de que mude a economia, é o que todos nós desejamos, mais estabilidade econômica, combate ao processo inflacionário, e que exista ânimo naqueles que investem, produzem e realizam a vida econômica. Que se tenha oportunidade de alavancar um processo de desenvolvimento econômico.
JC - E no quadro institucional? A melhora pressupõe uma reforma política?
Sartori - Não sei se estamos preparados ou se temos consciência dessa necessidade institucional de mudança. Ela tem que vir com mudanças de princípio e de conduta. O que a população espera é que sejamos capazes de construir uma nova realidade política. Não dá mais para continuar do jeito que está. A população deseja uma nova forma de governar, um novo jeito de fazer política.
JC - O parlamentarismo é uma saída?
Sartori - Acho que essa fase passou. É muito difícil, as condições objetivas reais e políticas para isso não estão dadas no momento.
JC - É o momento de fazer uma reforma federativa?
Sartori - A federação não pode continuar do jeito que é hoje. Sou defensor de um novo pacto federativo, não dá mais para deixar estados e municípios com os encargos e sem os recursos.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO