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Política

- Publicada em 03 de Maio de 2016 às 23:46

Parlamentares gaúchos aprovam mudanças na EGR

Alexandre Postal (d) sugeriu transferência da votação para discussão de novas emendas sobre concessões de rodovias

Alexandre Postal (d) sugeriu transferência da votação para discussão de novas emendas sobre concessões de rodovias


MARCELO BERTANI/AGÊNCIA ALRS/JC
Os deputados gaúchos aprovaram, na sessão plenária de ontem, o projeto que altera a legislação sobre a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR). A proposta foi encaminhada pelo Executivo e criticada por parlamentares de oposição ao governo. Entre seus pontos mais criticados está a redução do número de participações no conselho deliberativo: de 13 para sete.
Os deputados gaúchos aprovaram, na sessão plenária de ontem, o projeto que altera a legislação sobre a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR). A proposta foi encaminhada pelo Executivo e criticada por parlamentares de oposição ao governo. Entre seus pontos mais criticados está a redução do número de participações no conselho deliberativo: de 13 para sete.
A empresa foi criada durante o governo de Tarso Genro (PT, 2011-2014) e é responsável pela administração das rodovias no Rio Grande do Sul, operando de maneira direta ou indireta os pedágios do Estado. Para o deputado Jeferson Fernandes (PT), as mudanças propostas retiram a participação dos usuários no conselho deliberativo. "Isso despotencializa a participação direta das comunidades", entende.
Para o secretário dos Transportes, Pedro Westphalen (PP), a proposta não compromete o funcionamento do conselho. "Isso irá corrigir uma anomalia que ocorria na EGR. O Banrisul, por exemplo, tem sete conselheiros", argumentou. Para ele, as mudanças fazem com que a empresa seja capaz de concorrer com as empresas privadas no mercado.
Outra crítica seria a possibilidade de "carta branca" ao Executivo para realizar mudanças nas rodovias, o que também foi negado pelo secretário. Westphalen acompanhou a votação no plenário da Assembleia Legislativa para dialogar com os deputados sobre o projeto de concessões de rodovias, proposta de maior polêmica que seria a próxima na ordem do dia.
Os deputados ainda aprovaram duas emendas ao projeto. Com as inclusões, fica proibida a concessão de trechos que já pertençam à EGR. A maior parte das falas dentro do período de discussões do projeto foi destinada ao projeto de concessões. Deputados da oposição tentavam ganhar tempo para negociar votos contra a proposta de transferir as rodovias estaduais para a iniciativa privada.
Por fim, o projeto que promove alterações na EGR foi aprovado por 36 votos favoráveis e 13 contra. PCdoB, PT, P-Sol e o deputado Marcelo Moraes, do PTB, se manifestaram contra.
A partir daí, seguiu-se a apreciação do projeto, que prevê a exploração, manutenção e melhoramentos das rodovias estaduais pelo período de 30 anos. Um dos temas centrais foi a condição da bancada do PDT para o voto favorável, que incluía a criação de um marco regulatório que dite o regramento dos contratos com as concessionárias durante a sua vigência.
O líder do PDT, Ênio Bacci, disse que, sem especificações previstas em um regramento prévio, ninguém garante a qualidade das estradas e os preços dos pedágios. "Um marco determinaria as regras para que a tarifa seja justa. Não dá para rever o contrato depois de firmado", disse. Outros parlamentares, como Luiz Fernando Mainardi (PT), justificavam a oposição ao projeto por não ter havido audiências públicas nem discussão nas comissões temáticas.
O deputado Edson Brum (PMDB) rebateu as alegações de Bacci e de parlamentares da oposição que falaram contra a proposta, dizendo que o texto prevê a aplicação do mesmo marco regulatório adotado nas concessões das rodovias federais, replicado em estados como Minas Gerais, atualmente governado pelo PT.
O PDT pediu verificação de quórum por três vezes, e mesmo com a ausência da legenda, junto com o PT e parte do PTB, havia número suficiente de parlamentares para que a votação ocorresse. Porém, diante do risco de não ter o projeto aprovado sem a chancela pedetista, o líder do governo na Casa, deputado Alexandre Postal (PMDB), pediu nova verificação de quórum depois de sugerir que as 19 emendas incluídas - algumas no decorrer da discussão - sejam melhor debatidas, transferindo a votação para a próxima terça-feira.
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