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Opinião

- Publicada em 12 de Maio de 2016 às 16:31

Lanterna na popa

Paulo Vellinho
Acho estranho o choro dos governadores que vão a Brasília de mãos estendidas buscar a solução dos problemas financeiros dos seus estados no Ministério da Fazenda. Dou como exemplo o Rio Grande do Sul, onde um grupo de empresários disponibilizou ao então governador Pedro Simon (PMDB, 1987-1990) o famoso Relatório Sayad, elaborado pela consultoria liderada pelo ex-ministro do Planejamento, João Sayad. O estudo, intitulado "RS - onde estamos e para onde vamos?", constituiu-se numa profunda radiografia da situação das finanças do Estado sendo apresentado aos titulares do Executivo, Legislativo e Judiciário gaúchos.
Acho estranho o choro dos governadores que vão a Brasília de mãos estendidas buscar a solução dos problemas financeiros dos seus estados no Ministério da Fazenda. Dou como exemplo o Rio Grande do Sul, onde um grupo de empresários disponibilizou ao então governador Pedro Simon (PMDB, 1987-1990) o famoso Relatório Sayad, elaborado pela consultoria liderada pelo ex-ministro do Planejamento, João Sayad. O estudo, intitulado "RS - onde estamos e para onde vamos?", constituiu-se numa profunda radiografia da situação das finanças do Estado sendo apresentado aos titulares do Executivo, Legislativo e Judiciário gaúchos.
Entre outras conclusões, alertava que se nada fosse feito, no ano 2000 o número de aposentados e pensionistas chegaria a 50% do quadro total de servidores, mas tal índice foi atingido bem antes, e a orgia de gastos prossegue até hoje. Por exemplo, à época, a Brigada Militar tinha 328 coronéis aposentados com vencimentos integrais e hoje são pouco menos de 500, idade média de 50 anos, em um Estado onde a longevidade já ultrapassou 70 anos, para homens e mulheres. Não existe cálculo atuarial que resista. Da mesma forma, novas iniciativas vêm sendo tomadas que só fazem agravar o peso da máquina pública, como a criação da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) e a separação do Corpo de Bombeiros da estrutura da Brigada Militar. O resultado é que hoje os gastos com o funcionalismo fazem com que nada sobre para os inadiáveis investimentos demandados pela nossa deficiente infraestrutura e logística.
Infelizmente, a força do corporativismo impede que seja rompido este verdadeiro impasse que nos condena a uma situação falimentar. Está na hora de ser firmado um pacto pela salvação do Rio Grande, superando-se o famigerado grenalismo que só tem atrasado o nosso desenvolvimento.
Empresário
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