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Internacional

- Publicada em 10 de Maio de 2016 às 15:33

Para chavistas, há fraude em assinaturas

Cilia Flores, esposa de Maduro, pode virar vice, caso votação ocorra

Cilia Flores, esposa de Maduro, pode virar vice, caso votação ocorra


LUIS ROBAYO/AFP/JC
A comissão indicada pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou seus adversários de fraudarem assinaturas da primeira etapa do referendo para revogar o mandato do líder. No momento, o Conselho Nacional Eleitoral analisa as firmas entregues pela coalizão Mesa de Unidade Democrática. A oposição afirma ter conseguido o apoio de 1,86 milhão de eleitores em todo o país.
A comissão indicada pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou seus adversários de fraudarem assinaturas da primeira etapa do referendo para revogar o mandato do líder. No momento, o Conselho Nacional Eleitoral analisa as firmas entregues pela coalizão Mesa de Unidade Democrática. A oposição afirma ter conseguido o apoio de 1,86 milhão de eleitores em todo o país.
No entanto, o líder da comissão chavista, Jorge Rodríguez, diz que 11% das planilhas apresentadas pelos opositores têm algum tipo de irregularidade ou estão incompletas, o que não é permitido pelo órgão eleitoral. Dentre os exemplos, ele cita assinaturas de pessoas nascidas em 1908 e 1915, o que considerou uma tentativa dos opositores de enganar as autoridades.
Se estiverem vivos, os signatários citados teriam 108 e 101 anos. "Começamos a ver assinaturas sem impressão digital, nomes sem o número de identidade e, mais uma vez, mortos assinando. Não falaríamos se não tivéssemos conhecimento do que realmente está ocorrendo", disse.
Ele também diz que o referendo dificilmente ocorrerá antes de 10 de janeiro de 2017, como deseja a oposição. Depois desta data, o vice-presidente é quem assumiria o cargo em caso da revogação do mandato de Maduro. Hoje, o cargo é de Aristóbulo Istúriz, mas o presidente pode trocar o vice sempre que quiser. A oposição teme que, em caso de referendo, Maduro substitua Istúriz pela própria mulher, Cilia Flores, para continuar governando.
Para a primeira etapa, são necessárias as firmas de 1% do eleitorado - ou 195.721, em divisão proporcional entre os 23 estados e a capital Caracas. Caso o órgão eleitoral aceite as firmas, os signatários deverão confirmar suas impressões digitais indo aos escritórios da instituição. Em seguida, começa a coleta das assinaturas de 20% do eleitorado - ou 3.914.428 pessoas.
Se forem confirmadas as assinaturas, o órgão eleitoral convocará o referendo em 90 dias. Para que Maduro seja destituído, serão necessários mais de 7.587.533 eleitores, votação obtida pelo presidente na eleição de 2013.
 
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