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Internacional

- Publicada em 03 de Maio de 2016 às 15:29

Rei dissolve o Parlamento da Espanha e convoca eleições

Pela primeira vez depois da ditadura Franco, um monarca teve de tomar a atitude

Pela primeira vez depois da ditadura Franco, um monarca teve de tomar a atitude


PIERRE-PHILIPPE MARCOU
O rei Felipe VI dissolveu ontem o Parlamento da Espanha e oficialmente convocou novas eleições legislativas para o dia 26 de junho, apenas seis meses após a última consulta eleitoral à população. A convocação se segue a meses de fracassadas discussões na tentativa de formar uma coalizão com os principais partidos, incluindo o conservador PP (Partido Popular), do primeiro-ministro em exercício Mariano Rajoy, que ganhou a maior parte dos votos na eleição de dezembro, mas não a maioria.
O rei Felipe VI dissolveu ontem o Parlamento da Espanha e oficialmente convocou novas eleições legislativas para o dia 26 de junho, apenas seis meses após a última consulta eleitoral à população. A convocação se segue a meses de fracassadas discussões na tentativa de formar uma coalizão com os principais partidos, incluindo o conservador PP (Partido Popular), do primeiro-ministro em exercício Mariano Rajoy, que ganhou a maior parte dos votos na eleição de dezembro, mas não a maioria.
"É a primeira vez que acontece este fato no período democrático, porque não soubemos cumprir o mandato cidadão de chegar a um acordo de maioria suficiente para formar um governo", lamentou o presidente do Congresso, Patxi López. Desde a restauração da democracia, em 1977, após quase 40 anos de ditadura do general Francisco Franco (1939-1975), a Espanha não vivia um bloqueio político como este.
Nas eleições de 20 de dezembro, os espanhóis puniram os dois grandes partidos, o PP e o Partido Socialista (Psoe), que historicamente se alternam no governo. No poder desde 2011, o PP venceu a votação, mas com uma queda de cadeiras no Parlamento. Já o Psoe registrou o pior resultado de sua história.
Os eleitores, irritados com a austeridade e a corrupção, deram espaço a dois novos partidos: o Podemos (de extrema-esquerda) e o Ciudadanos (centro-direita). Para formar o governo, era necessário estabelecer uma coalizão, o que nenhum grupo conseguiu, prolongando o governo interino de Mariano Rajoy, que tem poder apenas para administrar os assuntos cotidianos e não está autorizado a realizar nenhuma reforma.
Esta situação pode prosseguir até agosto, semanas após a sessão inaugural do novo Parlamento, prevista para 19 de julho, que abrirá uma nova etapa de negociações para a formação de um Executivo. Pesquisas de opinião, no entanto, apontam para uma possível repetição dos resultados da eleição de dezembro, o que poderia estender o impasse político no país.
 
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