Leonardo Pujol

Empresa fatura R$ 2,5 milhões com produção de pipoca gourmet

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Mudar o jeito de se consumir pipoca no Brasil. Essa foi a proposta do empresário Marcos Valério dos Santos, 48 anos, ao amigo - e hoje sócio - Rafael Peccin, 34. Como? Através da "gourmetização" do produto.
Mudar o jeito de se consumir pipoca no Brasil. Essa foi a proposta do empresário Marcos Valério dos Santos, 48 anos, ao amigo - e hoje sócio - Rafael Peccin, 34. Como? Através da "gourmetização" do produto.
O cheirinho e a matéria-prima seguem os mesmos. Mas o padrão tradicional acaba por aí. A inovação fica por conta dos sabores e embalagens, que ganharam sofisticação. Com esse conceito, em 2010, foi criada, em Gramado, a Gourmet Popcorn, marca que no ano passado registrou faturamento de R$ 2,5 milhões.
A ideia surgiu após uma visita de Santos aos Estados Unidos, em 2009. "Ele viu que lá a pipoca ia além daquela comum vendida no parque e no cinema, ou feita em micro-ondas. Tinha uma infinidade de sabores e uma exposição diferenciada", explica Peccin. Até então, não se falava em pipoca gourmet no Brasil. "Não tínhamos uma referência nesse mercado, mas eu gosto de desafios. É uma característica de família", acrescenta ele, que também é dono do hotel Casa da Montanha e neto de empreendedor. O investimento inicial foi de R$ 100 mil.
Os sabores foram desenvolvidos em cima do paladar do brasileiro, tanto nas pipocas doces quanto nas salgadas. As opções vão desde manteiga, cheddar e parmesão até caramelo, doce de leite com coco e pé de moleque. Ainda em junho, a empresa lançará o sabor churrasco com especiarias. Em média, 20 mil pacotes de pipoca são vendidos por mês a preços que variam de R$ 8,00 a R$ 25,00.
Atualmente, são seis pontos de venda, entre lojas e quiosques: três em Porto Alegre, um em Novo Hamburgo, um em Canela e, claro, um em Gramado. "É o nosso ponto mais emblemático", refere Peccin à unidade localizada no Palácio dos Festivais, onde ocorre o tradicional Festival de Cinema da cidade. Em Canela, a empresa está no Alpen Park, onde mantém um Calhambeque que funciona como carrinho.
Dois anos atrás, os empreendedores ensaiaram uma expansão por meio de franquias, mas decidiram esperar mais um pouco. "Um projeto desses é muito delicado", justifica Peccin, sem descartar a possibilidade mais adiante. Além das lojas, a Gourmet Popcorn atua em duas outras frentes: corporativo, que inclui carrinhos de pipoca em eventos, como formaturas e casamentos, e varejo. Nesse último, a empresa começou em abril.
O modelo oferece o produto em latas personalizadas, inclusive da dupla Grenal, vendidas em supermercados, empórios e estádios de futebol, que custam em média R$ 16,00 e cuja validade é de seis meses. Para isso, a empresa investiu em uma fábrica artesanal. A expectativa de Peccin com o novo portfólio é crescer entre 10% e 15% até o próximo ano.
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