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Publicada em 22 de Maio de 2016 às 19:30

Vinícola Guatambu, movida a energia solar

Parque solar será capaz de suprir 100% da demanda energética do empreendimento

Parque solar será capaz de suprir 100% da demanda energética do empreendimento

LUIZ GLASENAPP JUNIOR/DIVULGAÇÃO/JC
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A vinícola boutique Guatambu, em Dom Pedrito, produz vinhos em pequena escala, somente com uvas próprias, lotes limitados e garrafas numeradas. Todo esse cuidado aparece também no sistema de produção. A novidade é que, a partir de maio, a Guatambu terá um projeto de sustentabilidade consistente: será movida a energia solar. O parque solar, com 600 painéis fotovoltaicos, em instalação, será capaz de suprir 100% da demanda energética do empreendimento, tornando-se a primeira vinícola da América Latina a ser movida a energia solar. O projeto, em fase de implantação desde janeiro, esteve em período de teste a partir de 2013, com 18 painéis instalados fornecendo parte da energia para as instalações.
A vinícola boutique Guatambu, em Dom Pedrito, produz vinhos em pequena escala, somente com uvas próprias, lotes limitados e garrafas numeradas. Todo esse cuidado aparece também no sistema de produção. A novidade é que, a partir de maio, a Guatambu terá um projeto de sustentabilidade consistente: será movida a energia solar. O parque solar, com 600 painéis fotovoltaicos, em instalação, será capaz de suprir 100% da demanda energética do empreendimento, tornando-se a primeira vinícola da América Latina a ser movida a energia solar. O projeto, em fase de implantação desde janeiro, esteve em período de teste a partir de 2013, com 18 painéis instalados fornecendo parte da energia para as instalações.
O investimento de R$ 1,3 milhão tem previsão de retorno em seis anos e meio, devido aos ajustes fiscais relacionados ao consumo de energia dos últimos meses. Além de economia de energia elétrica, o sistema registra a economia na emissão de CO2 e devolverá à rede de energia a produção sobressalente que não for utilizada. "Nosso consumo no pico é de 20 mil quilowatts por mês. Com a instalação do sistema fotovoltaico, vamos garantir uma economia financeira e de energia", afirma o sócio-proprietário da Guatambu, Valter José Pötter. "Nossa trajetória empresarial sempre foi norteada pela inovação e sustentabilidade econômica, social e ambiental dos empreendimentos. No caso da vinícola, não poderia ser diferente", afirma. As placas também servirão como cobertura do estacionamento, na entrada da propriedade. Todas as máquinas foram importadas de empresas de Itália e Alemanha.
A sustentabilidade também é encontrada no fornecimento de água do local. Reservatórios foram construídos para captar água da chuva, que é utilizada para irrigação dos jardins. Outra parte segue para estação de tratamento, construída dentro dos padrões da Organização Mundial da Saúde, produzindo 500 litros de água potável por hora, que é utilizada no complexo industrial e enoturístico. Nos vinhedos, também não poderia ser diferente: em 2014 a sócia-proprietária e enóloga da Guatambu, Gabriela Hermann Pötter, implementou um projeto-piloto com uma técnica sustentável e ecológica no controle de doenças fúngicas, com a utilização de micro-organismos que combatem naturalmente os fungos sem o uso de químicos.
A Guatambu está no coração do Pampa gaúcho, na fronteira com o Uruguai. Por lá, o cultivo da videira é marcado por um terroir com mais de 2.300 horas de luminosidade durante o período vegetativo da videira e escassez de chuvas no verão, garantindo a maturação fenólica das uvas e a opulência de seus vinhos. A vinícola conta com um complexo enoturístico, que engloba área de produção, auditório, sala de degustação, salão com parrilla para eventos e loja, com referências arquitetônicas voltadas à cultura gaúcha e às estâncias do Pampa, sendo considerada referência em estilo, beleza e modernidade.

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