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Entrevista

- Publicada em 04 de Maio de 2016 às 21:14

O consumidor não tem pressa para suprir as demandas

Bohn ressalta necessidade de mais esforço para ampliar vendas

Bohn ressalta necessidade de mais esforço para ampliar vendas


JULIANA MOSCOFIAN/DIVULGAÇÃO/JC
Angela Caporal
Angela Caporal
Para o presidente da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio), Luiz Carlos Bohn, Brasil vive momento crítico.
Jornal do Comércio - Como as empresas estão reagindo para conseguir driblar a crise?
Luiz Carlos Bohn - Desde o biênio 1929-1930 não tínhamos dois anos seguidos de queda do PIB como teremos no biênio 2015-2016. O investimento no País está em queda desde 2014, as empresas operam com larga capacidade ociosa e as perspectivas são incertas. Nesse contexto, as empresas fazem tudo o que está ao seu alcance para evitar demissões ou reduções ainda maiores da produção. As firmas estão com atenção ainda mais apurada sobre o controle de custos e o desenvolvimento de mecanismos que aumentem a produtividade interna. No âmbito das vendas, o entendimento das necessidades dos clientes e o sucesso no seu atendimento é uma questão de sobrevivência num mercado que não cresce e que, dessa forma, apenas intensifica a concorrência.
JC - Como atrair o consumidor que muda de hábitos, corta supérfluos e não quer gastar muito?
Bohn - Não vivemos mais um tempo de consumidores confiantes, com renda crescente e com muita pressa para suprir uma demanda reprimida. O consumidor mudou e entender isso é o primeiro passo para enfrentar esse novo momento. O esforço de venda por parte das empresas precisa ser muito maior. A necessidade de funcionários altamente treinados, a disponibilidade de produtos de qualidade e condições de pagamento acessíveis ganhar destaque no dia a dia das empresas. Processos de pós-venda mostram o interesse das empresas não apenas em vender produtos, mas também em garantir bem-estar aos seus consumidores, estabelecendo vínculos que podem ser determinantes para vendas futuras.
JC - Qual a expectativa de comportamento do consumo até o final do ano?
Bohn - Infelizmente, o atual governo já não apresenta condições de governabilidade para que seja capaz de adotar ações e medidas que limitem a deterioração da economia brasileira. O cenário é ruim para toda a sociedade, especialmente para as famílias que têm visto seu poder de compra corroído pela inflação elevada e pelo avanço do desemprego. Ainda que uma mudança de governo tenha impacto sobre as expectativas, dificilmente conseguiremos reverter a queda esperada para o consumo em 2016.
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