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Agronegócios

- Publicada em 12 de Maio de 2016 às 15:46

Setor arrozeiro sofre com El Niño e custo da produção

Produção este ano deve ficar em 16,34 milhões de toneladas em 5,470 milhões de hectares plantados

Produção este ano deve ficar em 16,34 milhões de toneladas em 5,470 milhões de hectares plantados


CAMILA RODRIGUES/PALÁCIO PIRATINI/JC
Responsável por 70% da produção nacional de arroz, os produtores gaúchos sofreram na safra 2015/2016 com o El Niño e consequente excesso de chuvas. No entanto, foi o aumento elevado no custo de produção que mais prejudicou o setor, pois a plantação do cereal requer constante desenvolvimento de tecnologia de ponta e energia elétrica para bombeamento, secagem e armazenagem. Os gastos com energia elétrica praticamente dobraram em um ano, saltando de 4% para 8%. "O produtor passa por um momento de dificuldade, pois além do alto valor da energia elétrica, existe um desgaste logístico que faz com que o arroz perca competitividade. Além disso, existe a competição com a soja na exportação", explica Tiago Sarmento Barata, diretor comercial e industrial do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).
Responsável por 70% da produção nacional de arroz, os produtores gaúchos sofreram na safra 2015/2016 com o El Niño e consequente excesso de chuvas. No entanto, foi o aumento elevado no custo de produção que mais prejudicou o setor, pois a plantação do cereal requer constante desenvolvimento de tecnologia de ponta e energia elétrica para bombeamento, secagem e armazenagem. Os gastos com energia elétrica praticamente dobraram em um ano, saltando de 4% para 8%. "O produtor passa por um momento de dificuldade, pois além do alto valor da energia elétrica, existe um desgaste logístico que faz com que o arroz perca competitividade. Além disso, existe a competição com a soja na exportação", explica Tiago Sarmento Barata, diretor comercial e industrial do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).
A expectativa é que o Estado colha nesta safra (2015/2016) 7,8 milhões de toneladas, uma queda de 9,98% em relação à anterior (2014/2015). Muitos produtores colheram apenas 6 mil quilos por hectare, considerado um retrocesso, já que são números alcançados há 10 anos, segundo a Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Fedearroz). Do montante colhido no Estado, cerca de 800 mil toneladas são consumidas pelo mercado gaúcho e 1,2 mil toneladas são exportadas para África (25%), América Central (30%) e América do Sul e Venezuela (25%). "O cenário é favorável às exportações. Vendemos para fora do País 1,3 mil toneladas, valor superior que em 2014", ressalta Barata.
Henrique Dornelles, presidente da Fedearroz, foi a Brasília solicitar ajuda ao governo federal e às instituições financeiras. A alternativa, segundo a entidade, é a disponibilização de recursos para a garantia de comercialização do produto, além das renegociações para alongar do passivo com os bancos. "O momento não é propício. O produtor está descapitalizado, enfrenta alta dos juros e os bancos estão restringindo o crédito com medo da inadimplência", observa.
Segundo Dornelles, se o produtor não receber apoio o Brasil corre um sério risco de sofrer desabastecimento em 2017. "Se isso ocorrer, o consumidor vai pagar mais caro por um grão de qualidade inferior. A maioria dos países produtores opta por vender para outros mercados, pois o Brasil paga pouco pelo produto", afirma o dirigente. Ele explica que este ano não há perigo de faltar arroz porque se pode contar com o Mercosul, embora produtores de Uruguai, Paraguai e Argentina também estejam enfrentando problemas com o clima.
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