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Agronegócios

- Publicada em 12 de Maio de 2016 às 15:42

Duas décadas de liderança na exportação de fumo

Schünke diz que um dos maiores problemas do mercado interno é o aumento do contrabando

Schünke diz que um dos maiores problemas do mercado interno é o aumento do contrabando


JUNIO NUNES/DIVULGAÇÃO/JC
O País é o segundo maior produtor mundial de tabaco e líder em exportações há 23 anos. Somente no Rio Grande do Sul, a cultura do fumo representou 9,2% do total de exportações em 2015, resultando em US$ 1,6 bilhão. Segundo o Sindicato da Indústria do Tabaco da Região Sul do Brasil (SindiTabaco), o cultivo proporciona trabalho e renda para 80 mil famílias produtoras, ocupando 320 mil pessoas no meio rural, que tiveram renda total de R$ 2,4 bilhões no ano passado. Além disso, gera 30 mil empregos nas indústrias gaúchas do setor.
O País é o segundo maior produtor mundial de tabaco e líder em exportações há 23 anos. Somente no Rio Grande do Sul, a cultura do fumo representou 9,2% do total de exportações em 2015, resultando em US$ 1,6 bilhão. Segundo o Sindicato da Indústria do Tabaco da Região Sul do Brasil (SindiTabaco), o cultivo proporciona trabalho e renda para 80 mil famílias produtoras, ocupando 320 mil pessoas no meio rural, que tiveram renda total de R$ 2,4 bilhões no ano passado. Além disso, gera 30 mil empregos nas indústrias gaúchas do setor.
Segundo o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, como o produtor brasileiro tem um custo de produção mais elevado em comparação a outros países, o dólar mais valorizado melhora a competitividade. "O Brasil está bem situado no mercado internacional no que diz respeito à integridade e qualidade do produto e à produção sustentável", afirma ele.
O setor fechou 2015 com US$ 2,19 bilhões em exportações (517 mil toneladas), com redução no valor e aumento no volume em relação a 2014, quando foram embarcadas 476 mil toneladas, que representaram US$ 2,5 bilhões. Para 2016, conforme pesquisa realizada pela PwC (PricewaterhouseCoopers), o mercado aponta para redução de 6% a 10% no volume exportado e diminuição de 10% a 15% nos valores das exportações. A previsão é que a safra brasileira de 2016 seja menor do que a anterior em função dos efeitos do fenômeno El Niño.
No mercado interno (comercialização de cigarros), um dos maiores problemas tem sido o aumento do contrabando, que representa mais de 30% do consumo brasileiro. Schünke afirma que uma das principais causas da entrada irregular da mercadoria é a alta carga tributária que, no Brasil, chegará a 80% no final deste ano, enquanto no Paraguai (principal origem dos cigarros contrabandeados), o total de tributos não chega a 20%. "Há gargalos que precisam ser solucionados para que o setor do tabaco continue proporcionado empregos e renda para os trabalhadores e divisas para o País e, entre eles, o combate ao contrabando", ressalta o dirigente.
Além de um trabalho mais duro nas fronteiras do Brasil, o presidente do SindiTabco defende a melhoria na estrutura dos órgãos intervenientes de comércio exterior, na malha rodoviária e desenvolvimento de modais alternativos. "É preciso investir na infraestrutura portuária do porto do Rio Grande, por onde o setor embarca cerca de 75% do volume de tabaco exportado. Há problemas recorrentes de dragagem, calado e sinalização noturna", diz. O presidente ainda observa como ponto de dificuldade a burocracia e os altos custos com taxas portuárias. "Somente a taxa de inspeção não invasiva por escâner, instituída em 2014, representa ao setor de tabaco um custo anual de aproximadamente R$ 4 milhões no porto do Rio Grande", completa.

Principais países importadores de tabaco (2015)

Bélgica: US$ 397 milhões
China: US$ 264 milhões
EUA: US$ 226 milhões
Rússia: US$ 135 milhões
Holanda: US$ 117 milhões
Alemanha: US$ 104 milhões
Indonésia: US$ 86 milhões

Principais mercados (2015)

União Europeia: 43%
Extremo Oriente: 25%
América do Norte: 11%
Leste Europeu: 8%
África/Oriente Médio: 7%
América Latina: 6%