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Conjuntura Internacional

- Publicada em 26 de Maio de 2016 às 22:15

Shinzo Abe diz que G7 vê sérios riscos para a economia mundial

Líderes das nações mais industrializadas do globo estão reunidos para debates econômicos e políticos na cidade japonesa de Ise Shima

Líderes das nações mais industrializadas do globo estão reunidos para debates econômicos e políticos na cidade japonesa de Ise Shima


JAPAN POLL/AFP/JC
O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, afirmou, nesta quinta-feira, que os líderes das sete economias mais ricas do mundo (G7) compartilham a visão de que a economia global está enfrentando sérios riscos. Abe falou em coletiva de imprensa na cúpula do G7, no primeiro dia da reunião de dois dias que acontece na cidade japonesa de Ise Shima. "Chegamos ao entendimento comum de que a economia mundial está enfrentando sérios riscos", disse Abe a jornalistas.
O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, afirmou, nesta quinta-feira, que os líderes das sete economias mais ricas do mundo (G7) compartilham a visão de que a economia global está enfrentando sérios riscos. Abe falou em coletiva de imprensa na cúpula do G7, no primeiro dia da reunião de dois dias que acontece na cidade japonesa de Ise Shima. "Chegamos ao entendimento comum de que a economia mundial está enfrentando sérios riscos", disse Abe a jornalistas.
O primeiro-ministro japonês não detalhou seus comentários, mas aparentemente se referia a mudanças fundamentais na economia global, como a desaceleração da economia chinesa, a normalização da política monetária nos EUA e a volatilidade dos mercados financeiros, incluindo os baixos preços de petróleo.
Um representante do Japão afirmou também que os líderes dos sete países fizeram progressos significativos em direção a um consenso sobre despesas fiscais. No primeiro dia de reuniões, não havia discordâncias sobre o conceito, diferentemente do que aconteceu na última reunião do grupo, quando a efetividade das despesas fiscais foi questionada. Entretanto, o representante apontou que isso não significa que os sete países se comprometeram ao aumento das despesas.
No primeiro dia do encontro, a chanceler alemã, Angela Merkel, defendeu que o G7 deve manter as sanções impostas à Rússia por causa do conflito no Leste da Ucrânia. "Para mim, é muito cedo para dar sinal verde", disse ela, sobre um eventual levantamento das sanções. Merkel declarou a jornalistas que nenhuma mudança de posição sobre o assunto é esperada.
O G7, grupo dos sete países mais industrializados do mundo, reúne Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos. No ano passado, o grupo ameaçou Moscou com sanções mais duras "caso as suas ações tornem necessário".
O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, considerou também que o G7 deve adotar uma "posição clara e dura" sobre todas as disputas territoriais, incluindo na Ucrânia e no mar da China.

UE e Tóquio querem acordo de comércio livre assinado ainda em 2016

Os líderes europeus que participam da Cúpula do G7, no Japão, e o governo do país asiático concordaram, nesta quinta-feira, em acelerar as negociações entre Tóquio e Bruxelas - cidade-sede da União Europeia (UE) - para fechar um acordo de comércio livre ainda neste ano. "Pedimos aos nossos negociadores para acelerarem as conversações sobre o acordo de comércio livre e reafirmamos o nosso compromisso de fechar ainda em 2016", afirmaram os líderes, em declaração conjunta emitida na cúpula, que acontece até esta sexta-feira.
A declaração foi assinada pelos líderes de Japão, Alemanha, França, Itália, Reino Unido e pelos presidentes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu, também presentes no país asiático. Os líderes destacaram a necessidade de "resolver todos os assuntos para chegar a um acordo, incluindo medidas tarifárias e não tarifárias". A declaração também sublinhou a importância do acordo para "promover o crescimento estável" do bloco europeu e do Japão, assim como para a criação de emprego.
No início de março, a União Europeia e o Japão concluíram a sua 15ª ronda de negociações para um acordo de livre comércio. Não houve grandes progressos, e ficou demonstrado que as posições de ambas as partes continuam distantes.
O Japão é o maior parceiro comercial da UE na Ásia depois da China. O acordo pode elevar a economia europeia de 0,6% a 0,8% do PIB (Produto Interno Bruto) e criar 400 mil postos de trabalho, segundo a Comissão Europeia.