Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Mercado de Capitais

- Publicada em 17 de Maio de 2016 às 19:57

Petrobras anuncia captação externa bilionária

Objetivo inicial é a recompra de papéis com vencimento em 2018

Objetivo inicial é a recompra de papéis com vencimento em 2018


VANDERLEI ALMEIDA/AFP/JC
Em um teste de humor do mercado com o novo governo, a Petrobras anunciou, nesta terça-feira, uma oferta de títulos no mercado internacional com o objetivo de alongar o prazo de sua dívida. A estatal petrolífera emitiu fato relevante, na manhã desta terça-feira, informando que planeja oferecer "títulos em uma ou mais séries em dólares americanos", sujeitas às condições do mercado e com garantia total e incondicional da própria empresa. Fontes informaram detalhes da emissão.
Em um teste de humor do mercado com o novo governo, a Petrobras anunciou, nesta terça-feira, uma oferta de títulos no mercado internacional com o objetivo de alongar o prazo de sua dívida. A estatal petrolífera emitiu fato relevante, na manhã desta terça-feira, informando que planeja oferecer "títulos em uma ou mais séries em dólares americanos", sujeitas às condições do mercado e com garantia total e incondicional da própria empresa. Fontes informaram detalhes da emissão.
O comunicado da Petrobras ao mercado versa sobre a destinação dos recursos dessa emissão, voltada para recomprar títulos em circulação no montante de até US$ 3 bilhões e cujo saldo remanescente irá para fins corporativos gerais.
Em um primeiro momento, o objetivo é recomprar títulos com vencimento em 2018. Depois, a empresa pretende recomprar uma série de títulos com vencimento entre 2017 e 2019, no valor de até US$ 2,5 bilhões, segundo comunicado divulgado ontem. Se a arrecadação superar os US$ 3 bilhões, os recursos adicionais poderão ser usados para "fins corporativos gerais", informou a companhia.
Com uma dívida de R$ 450 bilhões, a estatal vem buscando no mercado alternativas para conseguir investir e, ao mesmo tempo, pagar os financiamentos que vencerão nos próximos anos. Apenas no primeiro trimestre de 2016, a empresa gastou R$ 24 bilhões com o pagamento de dívidas e juros.
Entre 2017 e 2018, os vencimentos, excluindo juros, somam R$ 101 bilhões, de acordo com o balanço divulgado na semana passada. Em 2019, são outros R$ 82 bilhões.
A Fitch Ratings atribuiu o rating BB à proposta de emissão dos bônus globais, com vencimentos em 2021 e 2026, da Petrobras. As notas serão emitidas por meio de sua subsidiária integral, a Petrobras Global Finance (PGF).
A agência de classificação de risco Moody's atribuiu rating B3 à emissão. Segundo a agência, os ratings da Petrobras continuam refletindo seu estreito vínculo com o rating soberano do Brasil, devido ao controle da companhia pelo governo federal e a sua importância estratégica para o País.
"O vínculo de crédito da Petrobras com o soberano é evidenciado pela manutenção dos preços do combustível no mercado doméstico acima dos patamares internacionais, bem como pelas linhas de crédito oferecidas pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal no primeiro semestre de 2015, visando reforçar a liquidez da empresa", diz a Fitch.
Para a agência, na ausência de suporte implícito e explícito do governo, os indicadores de crédito da Petrobras não seriam compatíveis com o rating atribuído à companhia. Em 31 de março, a petroleira reportou dívida financeira total de US$ 126,4 bilhões e alavancagem bruta de 6,1 vezes, pelos critérios da Fitch.
Os bancos participantes da operação como dirigentes e bookrunners são BB Securities, JP Morgan, Merrill Lynch, Pierce, Fenner & Smith Incorporated e Santander Investment Securities, enquanto a Global Bondholder Services Corporation atua como agente depositária e de informações.
 

Dólar segue tendência externa e fecha em baixa de 0,45%; bolsa recua 1,86%

arte_bolsa_bovespa.jpg

arte_bolsa_bovespa.jpg


O dólar alternou altas e baixas, na manhã desta terça-feira, mas consolidou tendência de queda à tarde, fechando cotado a
R$ 3,4895 no mercado à vista, com baixa de 0,45%. A queda acompanhou a tendência internacional de desvalorização da moeda americana frente a moedas de países emergentes e exportadores de commodities, em função do avanço dos preços do petróleo.
Internamente, os nomes da equipe comandada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, vieram dentro do esperado pelos investidores que, agora, aguardam pelo anúncio de medidas na área econômica. O dólar abriu o dia em baixa ante o real, em uma reação positiva ao anúncio de que o economista Ilan Goldfajn assumirá o comando do Banco Central, no lugar de Alexandre Tombini.
O fato de o BC, por mais um dia, não ter feito leilão de swap cambial reverso (equivalente à compra de dólares no mercado futuro) também favorecia o recuo das cotações. No exterior, a moeda americana recuava ante várias divisas de países emergentes ou exportadores de commodities, em meio ao avanço do petróleo. A divulgação dos números da inflação ao consumidor dos EUA (CPI) deu um pouco de força, no exterior, às cotações do dólar.
O cenário internacional desfavorável impôs uma queda de 1,86% à Bovespa nesta terça-feira (50.839 pontos). A bolsa brasileira acompanhou de perto o desempenho negativo das bolsas americanas, que também caíram. Os mercados de renda variável recuaram com sinalizações de que os juros nos EUA podem ser elevados já na próxima reunião do BC americano, em junho, o que, entre outros efeitos, reduz a competitividade das bolsas.
Nos EUA, os indicadores econômicos divulgados pela manhã, somados aos discursos de dirigentes do Fed, à tarde, reforçaram as apostas na retomada do aperto monetário já a partir de junho.
A possibilidade de elevação de juros acertou em cheio as bolsas de Nova Iorque, devido à chance de migração de recursos da renda variável para a renda fixa. Também suscetível à fuga de recursos - como todos os mercados emergentes -, a bolsa brasileira seguiu à risca o desempenho das ações em Wall Street. Na mínima do dia, o Ibovespa chegou a marcar 50.689 pontos, com queda de 2,15%.
Apesar da alta dos preços do petróleo, as ações da Petrobras fecharam em queda nesta terça-feira. Os papéis reagiram principalmente à possibilidade de elevação da alíquota da Cide, imposto que incide sobre os combustíveis.