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INFRAESTRUTURA

- Publicada em 15 de Maio de 2016 às 21:32

AES Sul estima investir R$ 1,5 bilhão em cinco anos

Qualificação dos serviços é um dos planos de Lenzi na presidência

Qualificação dos serviços é um dos planos de Lenzi na presidência


MARCELO G. RIBEIRO/JC
A distribuidora AES Sul tem um polpudo plano de investimentos para o intervalo de 2016 a 2020, aproximadamente R$ 1,5 bilhão. A companhia empregará os recursos em equipamentos mais confiáveis, automação da rede, reforço de mão de obra e outras ações. Entre os objetivos da empresa está a melhora da qualidade do fornecimento de energia, até porque hoje a concessionária não está atendendo a todas as exigências do órgão regulador do setor, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A distribuidora AES Sul tem um polpudo plano de investimentos para o intervalo de 2016 a 2020, aproximadamente R$ 1,5 bilhão. A companhia empregará os recursos em equipamentos mais confiáveis, automação da rede, reforço de mão de obra e outras ações. Entre os objetivos da empresa está a melhora da qualidade do fornecimento de energia, até porque hoje a concessionária não está atendendo a todas as exigências do órgão regulador do setor, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
No ano passado, o limite do indicador Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC) da distribuidora era de 12,97 horas/ano, e o apurado foi de 19,11 horas/ano. Já a Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (FEC) registrada foi de 8,42 (número de vezes das interrupções), contra um limite imposto de 10,74. Para 2016, os parâmetros estabelecidos pela Aneel para a companhia quanto a DEC e FEC são, respectivamente, de 12,25 horas/ano e de 9,85 interrupções.
O presidente da AES Sul, Charles Lenzi, argumenta que os indicadores são impactados, principalmente, por questões climáticas. Uma situação que torna o desafio maior no Rio Grande do Sul do que em outras regiões é que, normalmente, as frentes frias entram no Brasil pelo Estado, que também registra uma enorme ocorrência de raios. Lenzi assumiu recentemente o comando da concessionária gaúcha e da paulista AES Eletropaulo. O executivo já havia trabalhado nas duas companhias, assim como em demais unidades do grupo AES na Índia, Venezuela, entre outras experiências.
Segundo Lenzi, seus planos para as distribuidoras incluem a recuperação do valor de mercado das empresas e qualificação dos serviços prestados. Sobre a possibilidade de essa estratégia ser adotada para viabilizar uma eventual venda da AES Sul, o dirigente salienta que o grupo AES, como um importante player do setor elétrico, sempre está olhando oportunidades, mas o alvo é a consolidação da marca e a qualidade de serviço.
Nesse sentido, o diretor de Distribuição da AES Sul, Antonio Carlos de Oliveira, recorda que, no começo deste ano, foram contratadas 120 equipes (o que representa em torno de 300 pessoas), com foco no atendimento de situações de emergência. Atualmente, a empresa conta com um grupo de colaboradores de quase 2,4 mil pessoas, além de cerca de 900 terceirizados. Oliveira reforça que os investimentos que serão feitos tornarão a rede mais robusta, e a tendência é haver menos cortes. Porém, o diretor adianta que a expectativa é de que a AES Sul feche este ano com algo entre 13 e 15 horas de DEC, o que ficará ainda acima da determinação da Aneel. O executivo acredita que seja possível enquadrar o DEC dentro das exigências a partir de 2017, dependendo dos reflexos dos fenômenos climáticos. Oliveira acrescenta que os aportes que serão feitos, em um primeiro momento, também contribuem para o aumento do DEC, pois é necessário desligar a rede elétrica para fazer as melhorias.
Outro aprimoramento que está sendo conduzido pela companhia é quanto à substituição dos postes de madeira. Em 2016, a AES Sul deverá realizar a troca de 30 mil unidades desse material por estruturas de concreto e fibra. No próximo ano, esse número será elevado para 40 mil. A perspectiva é que, em alguns anos, todos os postes (hoje, são em torno de 850 mil) sejam constituídos de materiais que não a madeira.

Distribuidora manifesta preocupação com gastos em decorrência da sobrecontratação de energia

Uma apreensão da AES Sul atualmente é a sobrecontratação de energia. O presidente da companhia gaúcha, Charles Lenzi, enfatiza que praticamente todas as distribuidoras do País enfrentam essa dificuldade. Resumidamente, o problema consiste no fato de as concessionárias terem comprado mais energia para atender aos seus mercados do que era necessário, pois houve uma queda no consumo de energia com a retração econômica. Essa questão afeta o caixa e o resultado econômico das empresas.
Lenzi adianta que está sendo trabalhada uma solução com a Aneel e o Ministério de Minas e Energia. "Que precisa sair o mais rápido possível", defende. Outro incômodo foi a elevação da inadimplência, que girava em torno de 2% e está, agora, na casa de 3%, tendo como base o faturamento da companhia. A expectativa é que o percentual volte a cair em breve, já que a concessionária tomou medidas como o aumento dos desligamentos da luz.
Quanto a novidades, Lenzi cita a inauguração da subestação de energia de Bom Princípio, no dia 3 de junho. A nova subestação, que é a 62ª da AES Sul, é resultado de um investimento de R$ 15 milhões.