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Economia

- Publicada em 11 de Maio de 2016 às 12:54

Preço da cesta básica tem alta de 1,43% na Capital

Vilã do mês passado foi a batata, que ficou 12,50% mais cara

Vilã do mês passado foi a batata, que ficou 12,50% mais cara


FREDY VIEIRA/JC
Adriana Lampert
O valor da cesta básica voltou a subir em Porto Alegre, passando de R$ 420,90 em março para os atuais R$ 426,93. Mesmo com variação de 1,43% no preço do conjunto de 13 produtos alimentícios essenciais, a Capital se mantém em quinto lugar no ranking das mais caras do País, sendo superada por São Paulo (R$ 442,42), Florianópolis (R$ 438,56), Rio Janeiro (R$ 433,96) e Brasília (R$ 427,68). Na avaliação mensal, 10 produtos que compõem a cesta ficaram mais caros na Capital gaúcha. "O vilão de abril foi a batata, com elevação de 12,50%", comenta a economista do Dieese RS, Daniela Baréa Sandi, destacando que o principal motivo da queda de oferta deste produto foi o clima adverso. "Em outras regiões, a batata chegou a ter preço elevado em 44,66%, a exemplo de Florianópolis."
O valor da cesta básica voltou a subir em Porto Alegre, passando de R$ 420,90 em março para os atuais R$ 426,93. Mesmo com variação de 1,43% no preço do conjunto de 13 produtos alimentícios essenciais, a Capital se mantém em quinto lugar no ranking das mais caras do País, sendo superada por São Paulo (R$ 442,42), Florianópolis (R$ 438,56), Rio Janeiro (R$ 433,96) e Brasília (R$ 427,68). Na avaliação mensal, 10 produtos que compõem a cesta ficaram mais caros na Capital gaúcha. "O vilão de abril foi a batata, com elevação de 12,50%", comenta a economista do Dieese RS, Daniela Baréa Sandi, destacando que o principal motivo da queda de oferta deste produto foi o clima adverso. "Em outras regiões, a batata chegou a ter preço elevado em 44,66%, a exemplo de Florianópolis."
Também a banana (5,3%), o leite (5,24%), a manteiga (3,34%), o café (1,79%), o arroz (1,56%), o feijão (1,02%), o tomate (0,73%), o açúcar (0,71%) e o óleo (0,45%) contribuíram para inflar o valor da cesta no bolso dos porto-alegrenses. "Em abril, o comprometimento da renda de um trabalhador que recebe salário-mínimo com custos da cesta básica foi de 52,73% e representou 106 horas e 44 minutos da jornada de trabalho", mensura Daniela. Segundo ela, seria necessário que a quantia mínima em dinheiro paga a um trabalhador assalariado fosse de R$ 3.736,26 (4,25 vezes o mínimo vigente) para a manutenção de uma família de quatro pessoas, considerando - além da alimentação - os gastos com moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Em abril, três itens ficaram mais baratos na cesta básica gaúcha: a farinha (-1,42%), o pão (-0,48%) e a carne (-1,07%). "Houve redução da demanda de carne, muito por conta do preço do quilo, que, em média, está custando R$ 25,00", pontua a economista. Com a chegada do inverno, a tendência é que haja pressão no valor deste produto, que passa a apresentar oferta menor nos próximos meses devido à entressafra e à alta nas exportações (por conta do câmbio favorável). Famoso por constantemente ser o vilão na maioria das altas de preços da cesta básica, o tomate se manteve com valor estável em abril, com alta de 0,73% em abril, mas acumula queda de 37,71% no ano. "Apesar do clima ter atrasado a colheita, a oferta deste produto segue em alta, o que explica a diminuição do preço do tomate em 22 das 27 capitais pesquisadas."
Em 15 cidades pesquisadas, houve redução do custo do conjunto de alimentos básicos no mês passado, sendo que as principais quedas ocorreram em Brasília (-3,84%), Palmas (-2,97%) e Belo Horizonte (-2,35%). Na contramão, João Pessoa (3,96%), Recife (3,27%), Natal (2,61%) e Boa Vista (2,52%) sofreram as maiores altas. De acordo com Daniela, entre os fatores que têm influenciado no preço da maioria dos produtos, além da oferta reduzida e do câmbio, os principais são a alta nos custos com energia elétrica, combustível e outros insumos, em paralelo à inflação elevada. "O impacto segue sendo maior nos trabalhadores de menor renda", destaca a economista.
No ano, todas as 27 cidades pesquisadas pelo Dieese acumularam alta no preço da cesta básica. As maiores variações de janeiro a abril ocorreram em Belém (17,21%), Aracaju (13,90%), Goiânia (13,88%), João Pessoa (12,66%) e Fortaleza (12,38%). Isso explica porque Porto Alegre se mantém fora da lista das mais caras, uma vez que registrou a menor variação de preços do primeiro quadrimestre de 2016 (com alta acumulada em 0,60%), sendo superada ainda por Curitiba (1,16%) e Porto Velho (1,94%). "O que pode estar influenciando na alta de preços das outras capitais são custos com energia elétrica, mão de obra, entre outros", considera Daniela.
 
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