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Economia

- Publicada em 05 de Maio de 2016 às 20:07

Saques da poupança superam depósitos em R$ 8,246 bilhões

 COFRINHO, POUPANÇA  - 23/06/2005

COFRINHO, POUPANÇA - 23/06/2005


JOÃO MATTOS/ARQUIVO/JC
O volume de recursos que os investidores sacaram da caderneta em abril, já descontadas as aplicações, foi de R$ 8,246 bilhões. Segundo dados do Banco Central (BC), a retirada é recorde para o mês e o maior saque em 21 anos de registros. O resultado também é maior do que os
O volume de recursos que os investidores sacaram da caderneta em abril, já descontadas as aplicações, foi de R$ 8,246 bilhões. Segundo dados do Banco Central (BC), a retirada é recorde para o mês e o maior saque em 21 anos de registros. O resultado também é maior do que os
R$ 5,850 bilhões que saíram dessa aplicação em igual mês do ano passado, e o terceiro pior resultado desde 1995.
De acordo com o BC, o total de aplicações no mês passado foi de R$ 153,252 bilhões e o de saques, de R$ 161,489 bilhões. O estoque desse investimento está em R$ 640,487 bilhões, já considerando os rendimentos de R$ 4,127 bilhões de abril. Mais uma vez, o patrimônio da caderneta recuou - a sexta queda consecutiva desde novembro de 2015.
O desempenho no mês passado só não foi pior porque, nos últimos três dias úteis, ingressaram R$ 4,473 bilhões na caderneta. Ainda assim, o ingresso não foi suficiente para colocar a caderneta no azul. Até o dia 26, a conta estava negativa em R$ 12,719 bilhões. Esse movimento de arrecadação nos últimos dias é tradicional e ocorre com aumento dos depósitos por causa de aplicações automáticas da conta-corrente que alguns investidores já deixam programadas para ocorrer.
A contínua e acentuada deterioração da caderneta se dá por conta da piora do cenário econômico, com a alta da inflação e o aumento do desemprego. Além disso, outros investimentos se tornaram mais atrativos ao apresentarem rentabilidade maior. A remuneração da poupança é formada por uma taxa fixa de 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR) - esse cálculo vale para quando a taxa básica de juros (Selic) está acima de 8,5% ao ano, e atualmente está em 14,25% ao ano.
No acumulado do ano, o saque na poupança chega a
R$ 32,296 bilhões - o maior para o período nos últimos 21 anos. Esse resultado é formado por depósitos de R$ 619,662 bilhões e retiradas de R$ 651,958 bilhões. Com isso, o rendimento creditado no período foi de R$ 16,194 bilhões.
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