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Economia

- Publicada em 04 de Maio de 2016 às 12:06

Asun quer comprar todas as lojas de bairro do Walmart

Romacho diz que a rede terá melhor desempenho da história em 2016

Romacho diz que a rede terá melhor desempenho da história em 2016


ANTONIO PAZ/JC
Atenção mercado gaúcho: a rede Asun, que nasceu no Litoral Norte na década de 1970, não encerrou as compras de pontos da bandeira Nacional, do norte-americano Walmart, no Estado. O diretor do Asun e um dos fundadores, Antonio Ortiz Romacho, mandou um recado aos acionistas da companhia global, durante entrevista ao site do JC. “Se estiverem me ouvindo: Quero comprar todas as lojas".
Atenção mercado gaúcho: a rede Asun, que nasceu no Litoral Norte na década de 1970, não encerrou as compras de pontos da bandeira Nacional, do norte-americano Walmart, no Estado. O diretor do Asun e um dos fundadores, Antonio Ortiz Romacho, mandou um recado aos acionistas da companhia global, durante entrevista ao site do JC. “Se estiverem me ouvindo: Quero comprar todas as lojas".
”O foco é adquirir os pontos de menor tamanho, que se identificam com perfil de bairro. “Será maravilhoso, o Nacional fecha e eu compro. Já disse a eles: Sou o primeiro da lista”, preveniu o supermercadista. Não interessa só as que fecharam. “Quero a da rua São Luis”, acalenta o diretor do Asun.
O ponto, situado no bairro Santana, em Porto Alegre e que se mantém operando, é alvo frequente de queixas de clientes por não atender a demanda em uma região que cresceu exponencialmente nos últimos anos.
A rede gaúcha anunciou esta semana a compra de unidades fechadas da bandeira. Foram cinco, que elevarão o tamanho do Asun a 22 lojas. Os cinco pontos do Nacional estão na Capital - avenida Plinio Brasil Milano e rua Francisco Trein, dois em Canoas e um em Esteio.
Romacho não revelou o valor da transação, mas disse que a cifra não pagaria nem metade da construção de uma loja nova. “O Walmart parcelou em 24 vezes.” Segundo o empresário, a companhia teria dito: "Tu ficas ou pegamos o material e jogamos fora. Aí fechamos o negócio.”
O Walmart fechou 15 lojas no Estado e mais pelo País em 2015, num ajuste radical de seu tamanho. Em dois meses, o Asun pretende reabrir os pontos negociados, gerando até 500 empregos. A rede tem hoje 2 mil funcionários e faturou R$ 450 milhões em 2015, quinto no ranking gaúcho do setor.
Na Plinio Brasil Milano, com layout e conceito voltado a classes A e B, a intenção é seguir o padrão. “É pouco tempo para uma estruturação melhor, mas vamos abrir.” Romacho tentou assumir o ponto na rua Miguel Tostes, bairro Rio Branco, também fechado, mas chegou atrasado. “Eles repassaram para uma farmácia, pena, temos de vender alimentos e não remédios.”
Os negócios com o Walmart começaram pela aquisição do ponto rua da República, bairro Cidade Baixa, e onde Romacho garante que está satisfazendo a clientela. O supermercadista afirmou que a negociação mais o desempenho das lojas existentes garantirão que a rede tenha o melhor ano da sua história, com crescimento real de 20% do faturamento este ano.
Sem computar a receita obtida nas aquisições, o avanço real será de 6%, projetou. Segundo ele, não há crise no Asun. Ao mesmo tempo que não esconde que quer mais pontos da companhia norte-americana, o diretor afasta mais compras em 2016.

O jeito Asun de ser

O principal executivo da rede foi nesta terça-feira (3) para São Paulo, disposto a percorrer lojas, como o Pão de Açúcar, e trazer novidades. Na capital paulista, também ocorre esta semana a feita da Associação Paulista de Supermercados (Apas).
Sobre a tendência das lojas, Romacho admitiu que vai ter mudanças, disse que a prioridade é qualidade e manter preços competitivos. Além disso, avisou que o jeito do Asun é “olho no olho do cliente”. “Gosto de entregar a sacolinha”, traduziu o supermercadista.
“Quando o cliente entra no site para reclamar, quem dá a resposta sou eu. Um dia desses foi engraçado: liguei para um cliente, ele não acreditou que era eu. ‘É o Antonio que está falando? O Antonio mesmo?’ Respondi: ‘Sim sim, pô, sou eu.’ E o cliente teria respondido: ‘Não precisava, é só uma reclamaçãozinha’.”
Romacho diz que a guerra de preços faz parte da competição do setor e que o consumidor é o maior beneficiado. “Digo que as pessoas podem não querer comprar com a gente, mas as pessoas vão pagar menos, pois há briga.” E antecipa: “Quando abrirmos na Plinio, vai ter o mesmo, quem ganha é a população, o cliente.”
Para o diretor, reduzir preço não significa ter o mais baixo, estratégia usada por bandeiras do Walmart e que teria fracassado e sido uma das razões para rever o tamanho no Brasil. “Não quero me meter neste assunto, mas ninguém pode prometer melhor preço, ninguém. Nem Deus”, adverte o empresário. “Quem diz isso é mentiroso, quem junta um monte de coisa para dizer que vai vender mais barato, mente. Eles (Walmart) diziam que tinham rancho mais barato, também tinha.”
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