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Repórter Brasília

- Publicada em 05 de Maio de 2016 às 18:49

Antes tarde do que nunca

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de afastar Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara soou como "até que enfim" e "tarde demais" aos ouvidos do governo. A presidente Dilma Rousseff (PT) chegou a dizer "antes tarde do que nunca", enquanto aliados diziam, nos corredores do Planalto e do Congresso, que a decisão veio tarde demais. Os petistas ficaram efusivos, já que a decisão do STF poderia, em tese, anular todos os atos de Cunha como presidente. Isso significaria que, numa tacada só, o partido se livra do maior rival e ainda enterra o impeachment. O ministro Teori Zavascki, que é relator da Lava Jato, concedeu uma liminar em um pedido feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) que pedia o afastamento do deputado. A PGR diz que Cunha usa o cargo para "constranger, intimidar parlamentares, réus, colaboradores, advogados e agentes públicos com o objetivo de embaraçar e retardar investigações".
A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de afastar Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara soou como "até que enfim" e "tarde demais" aos ouvidos do governo. A presidente Dilma Rousseff (PT) chegou a dizer "antes tarde do que nunca", enquanto aliados diziam, nos corredores do Planalto e do Congresso, que a decisão veio tarde demais. Os petistas ficaram efusivos, já que a decisão do STF poderia, em tese, anular todos os atos de Cunha como presidente. Isso significaria que, numa tacada só, o partido se livra do maior rival e ainda enterra o impeachment. O ministro Teori Zavascki, que é relator da Lava Jato, concedeu uma liminar em um pedido feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) que pedia o afastamento do deputado. A PGR diz que Cunha usa o cargo para "constranger, intimidar parlamentares, réus, colaboradores, advogados e agentes públicos com o objetivo de embaraçar e retardar investigações".
O fim do impeachment
Os petistas gaúchos ficaram em êxtase. "A sensação que tivemos é de que vamos retornar à legalidade", disse o deputado federal Paulo Pimenta. "A Câmara deveria ter feito ela própria isso, mas a maioria golpista que cassou Dilma o protegeu até agora", afirmou a deputada Maria do Rosário. Já o deputado Henrique Fontana comentou que o impeachment de Dilma ficou prejudicado com a decisão. "O afastamento abre espaço para anular o processo contra uma presidenta honesta, que foi aberto por vingança, por retaliação, porque o PT se negou a votar a favor de Cunha no Conselho de Ética." O deputado Dionilso Marcon ficou indignado com a Justiça. "Primeiro deixou o bandido sentado aqui, fazer o serviço sujo, e agora o afastam."
Resultado da omissão
O PMDB não quis se pronunciar de imediato. O líder da bancada, deputado Leonardo Picciani (RJ), não deu uma posição da bancada, e os parlamentares da legenda ficaram indo e voltando da liderança de mãos vazias. Para o deputado federal gaúcho José Fogaça, a decisão foi um resultado óbvio da demora da Câmara em julgar Cunha. "Diante da incapacidade do Legislativo de resolver os seus problemas internos, restou ao Judiciário apresentar uma saída. A omissão do Legislativo levou a isso." O também gaúcho Osmar Terra apontou que Cunha foi o responsável maior pela decisão do STF. "Ele deveria ter negociado uma saída honrosa, mas ficou, e a situação ficou difícil de controlar", disse.
Tudo na mesma
O PP, que ficará com a presidência da Câmara, evitou comemorar. "Fica tudo na mesma, já que será apenas uma fase de transição", disse o deputado federal gaúcho Luis Carlos Heinze.
 
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