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- Publicada em 11 de Maio de 2016 às 18:09

Recitais para a comunidade

 Estreia da segunda edição do projeto ocorreu no Instituto de Cardiologia, na Capital

Estreia da segunda edição do projeto ocorreu no Instituto de Cardiologia, na Capital


MARCO QUINTANA/JC
Nicole Feijó
Na entrada principal do Instituto de Cardiologia, surgiam curiosos por todos os lados: pacientes, familiares e funcionários estavam atentos, alguns tímidos, outros emocionados. O hospital sediou a estreia da segunda edição do projeto Escola da Ospa Na Comunidade. A ideia é levar a música da Ospa para toda a comunidade de Porto Alegre e Região Metropolitana com os recitais de estudantes em espaços e instituições de assistência social.
Na entrada principal do Instituto de Cardiologia, surgiam curiosos por todos os lados: pacientes, familiares e funcionários estavam atentos, alguns tímidos, outros emocionados. O hospital sediou a estreia da segunda edição do projeto Escola da Ospa Na Comunidade. A ideia é levar a música da Ospa para toda a comunidade de Porto Alegre e Região Metropolitana com os recitais de estudantes em espaços e instituições de assistência social.
O projeto, lançado no ano passado, objetiva a troca de experiência entre os estudantes do Conservatório Pablo Komlós, da Escola de Música da Ospa, e pessoas que não frequentam as salas de concerto. Neste ano, mais de 200 instituições se inscreveram para receber as apresentações.
"Isso só veio a confirmar o grande sucesso da iniciativa e como existe, por parte da sociedade, um anseio pela música erudita e por conhecê-la", comemora Diego Grendene de Souza, diretor do conservatório e idealizador do projeto. A série das apresentações é praticamente a mesma da primeira edição. O que muda é a quantidade: a expectativa é fazer 30 concertos, o dobro dos realizados em 2015.
Grendene conta que, ao lançarem o projeto, tinham expectativas positivas, mas o volume de inscritos em 2016 surpreendeu. O retorno obtido com as apresentações durante o ano passado também serve de motivação à iniciativa. "Vimos o brilho nos olhos de crianças e adultos quando viram um instrumento pela primeira vez", lembra, ao destacar a importância do papel social da Ospa. "É um projeto com baixo orçamento financeiro e que faz com que a música esteja mais presente na sociedade", ressalta.
O diretor acredita que o interesse pela música pode surgir cedo na vida dos jovens, mas, para isso, destaca a importância de que haja essa aproximação. Por isso, a Escola da Ospa na Comunidade busca também oportunizar esse primeiro contato. O músico vê com otimismo o crescente interesse pela música erudita no Brasil e conta que o público da Ospa cresceu 20% no ano passado.
Dhouglas Umabel está na escola desde 2013. Aos 17 anos, afirma que, "desde que se conhece por gente", quer ser músico. No entanto, o jovem ressalta que o processo de aprendizagem de um músico é contínuo e que a dedicação é fundamental. Ele torce para que mais jovens estudem música e mais escolas sejam formadas. "A música não é só uma profissão, ela forma cidadãos", sentencia. Umabel é violinista, e, no recital de estreia, apresentou-se junto aos colegas Juliane da Silva Barboza, Ana Luiza Tovo Loureiro e Priscila Smaniotto. 
O projeto conta com cinco grupos, que se revezam nas apresentações. Os selecionados para participar são os estudantes mais avançados, que devem praticar a chamada música de câmara, recitais executados por um pequeno número de músicos. Além de ser uma boa oportunidade para o público conhecer composições eruditas, é parte importante dentro da formação.
Lídia Lucas Lima, enfermeira no Instituto de Cardiologia há 27 anos, assistiu à apresentação na primeira edição e, neste ano, estava presente de novo. Ela chama atenção para a troca entre os alunos e o público. "Eles nos ajudam a passar pelos momentos difíceis, como a falta de saúde", ao destacar que a música tranquiliza pacientes, familiares e profissionais que trabalham no local.
O Conservatório Pablo Komlós é gratuito e forma músicos de oito a 25 anos. Hoje, conta com cerca de 200 alunos. O objetivo principal é profissionalizar músicos para orquestras. O tempo necessário para se formar varia de aluno para aluno e pode levar até mais de 10 anos, segundo o diretor Grendene. No ano passado, a escola promoveu uma seleção interna para os estudantes selecionados tocarem em um concerto dentro da programação oficial da Ospa.
A primeira apresentação aconteceu no final de abril e, para os três meses seguintes, estão confirmadas 10 apresentações. A biblioteca Comunitária do Arvoredo, o Núcleo de Abrigos Residenciais da Cidades Baixa, o Centro de Atenção Psicossocial de usuários de drogas, o Colégio Julio de Castilhos, a Pequena Casa da Criança e o Hospital Psiquiátrico São Pedro são alguns dos locais que receberão os recitais. As instituições que sediarão as apresentações de julho a dezembro ainda não foram divulgadas.
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