Os vereadores da Capital aprovaram ontem uma moção de solidariedade ao 11º Batalhão da Polícia Militar, onde atuam os brigadianos envolvidos no tiroteio que ocorreu em frente ao Hospital Cristo Redentor na semana passada. Foram 24 votos favoráveis e apenas um contrário, de Fernanda Melchionna (P-Sol). Apesar do placar, a votação gerou discussões acaloradas.
Delegado Cleiton (PDT), autor da moção, afirma no texto que os brigadianos agiram com "muita técnica policial, agilidade e coragem". Ao discursar, lembrou de sua luta pelos direitos humanos e disse que não queria incentivar a violência. "Não quero criar, com essa moção, um olho por olho, dente por dente." A maioria dos vereadores que subiram à tribuna elogiou a atitude de Cleiton. Valter Nagelstein (PMDB) sugeriu que também fosse feito um acordo entre parlamentares para homenagear com um diploma de honra ao mérito cada brigadiano envolvido. Isso porque só é permitida uma honra a cada mandato. Líder do governo, Kevin Krieger (PP) classificou como heróis os brigadianos. "Essas cenas não aconteceriam se esses bandidos não estivessem caçando a Brigada Militar."
Fernanda afirmou se tratar de uma confusão entre justiça e vingança. Ela mostrou o vídeo de uma das cenas e disse que o homem já estava rendido quando foi alvejado. Do PT, apenas Marcelo Sgarbossa se manifestou. "Temos um papel civilizatório, não vou me colocar como julgador com duas ou três imagens." Apesar da fala, votou favoravelmente à moção.