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Opinião

- Publicada em 27 de Abril de 2016 às 16:22

Brasil está ficando cada vez mais velho e rapidamente

Os que estão hoje na chamada terceira idade ou melhor idade, por certo, se lembram que, quando eram adolescentes, quem tinha em torno de 40 anos era considerado "um velho". Pois os tempos mudaram e, hoje, ter 60 anos não é nada demais.
Os que estão hoje na chamada terceira idade ou melhor idade, por certo, se lembram que, quando eram adolescentes, quem tinha em torno de 40 anos era considerado "um velho". Pois os tempos mudaram e, hoje, ter 60 anos não é nada demais.
A maioria das pessoas nessa faixa etária está de bem com a vida, muitas ainda trabalhando, e as doenças têm sido evitadas através de campanhas maciças de vacinação e visitas periódicas aos médicos.
Tanto é verdade que, no Largo Glênio Peres, houve uma feira com ofertas de emprego para quem tinha mais de 60 anos. Mais de mil pessoas se cadastraram. É uma boa ideia, adotada nos Estados Unidos desde os anos de 1970.
A Organização Mundial de Saúde informou que, em 2020, o número de idosos do planeta será maior do que o de crianças. Dados do Censo 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que a população brasileira acima dos 60 anos, que hoje é de 14,9 milhões, deve chegar a 58,4 milhões nos próximos 45 anos.
Os brasileiros não só estão envelhecendo mais como estão se casando com 30 anos ou mais. Mas a taxa de fecundidade está em 1,8 filho por mulher, quando a média mundial é de 2,1 filhos. Por isso, a constatação óbvia é a de que a população brasileira está envelhecendo.
Isso acarreta um sério problema na Previdência Social, que tem de arcar com custos de aposentadorias e pensões por mais tempo do que acontecia há 30 anos.
Acontece também que nas últimas décadas, a carreira profissional passou a ter mais peso na vida das mulheres, com um número cada vez maior de profissionais se preparando mais tempo ou se dedicando por uma jornada maior ao trabalho e, com isso, adiando a maternidade.
O fato é que a taxa de natalidade no Brasil terá estabilidade por cerca de duas décadas e, depois, começará a cair, ou seja, a população diminuirá, na comparação entre nascimentos e mortes.
Isso acontece em alguns países da Europa, nos quais até o governo - caso de Portugal - tem dado generosas quantias para que os casais tenham até três filhos. Tendo apenas dois, haverá somente reposição. Com três, teoricamente, haverá mais um habitante.
Os brasileiros estão vivendo mais e, via de consequência, a população está envelhecendo. Desde 2005, as taxas de fecundidade no Brasil têm sido inferiores ao nível necessário para a reposição da população.
Ou seja, um casal deveria ter, teoricamente e para repor a população, pelo menos dois filhos. Isso apenas para manter o mesmo número. Mas, no Rio Grande do Sul, temos uma fertilidade de pouco mais que um bebê por mulher.
Enfim, é uma boa ideia dar ocupação para quem está acima de 60 anos, geralmente aposentado, mas que deseja, além de um complemento salarial sobre as magras aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ter uma ocupação.
Muitos idosos reclamam da solidão, eis que os filhos e netos têm lá as suas preocupações e profissões, com vidas independentes, às vezes ficando semanas sem contato direto com os pais e avós.
O que salva é a tecnologia da internet, mas, é claro, nada substitui um abraço, uma conversa ou um passeio conjunto da família. E a velhice abre muitos novos serviços para dar suporte aos idosos de agora.
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